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Líder da extrema-direita francesa Marine Le Pen é julgada por suposto uso indevido de fundos da UE

30 set 2024 - 14h37
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Marine Le Pen, a principal líder do partido de extrema-direita francês Reunião Nacional (RN), foi a julgamento nesta segunda-feira, acusada de apropriação indevida de fundos da União Europeia e disse estar confiante de que provará que não fez nada de errado.

Le Pen, o próprio RN e outras 24 pessoas -- autoridades do partido, empregados, ex-parlamentares e assistentes legislativos - são acusados de usar dinheiro destinado à atividade no Parlamento Europeu para pagar funcionários que trabalhavam para o partido, que na época se chamava Frente Nacional.

Le Pen e os outros acusados dizem que a maneira como usaram o dinheiro foi legítima e que as alegações mostram uma definição muito restrita do que um assistente parlamentar faz.

"Estou encarando esse julgamento com muita tranquilidade", disse Le Pen aos repórteres ao chegar ao tribunal criminal em Paris.

O julgamento pode ser potencialmente prejudicial para Le Pen, que, se for considerada culpada, corre o risco de ser impedida de ocupar cargos públicos por vários anos por acusações que ela nega.

Mas se ela for inocentada, o julgamento, que ocorre quase uma década após o início das primeiras investigações, também poderá ajudar Le Pen a polir ainda mais sua imagem e a de seu partido antes da eleição presidencial de 2027.

"Vimos no caso de Trump como ele reuniu força e apoio em todos os seus julgamentos", escreveram os analistas da Eurointelligence em uma nota, referindo-se aos processos judiciais dos EUA envolvendo o ex-presidente Donald Trump.

"(O julgamento) também pode colocar os interesses nacionais contra os europeus. A base de apoiadores ferrenhos de Le Pen pode crescer."

Le Pen, que perdeu para Emmanuel Macron no segundo turno da eleição presidencial da França em 2017 e 2022, é amplamente vista como uma das principais candidatas em 2027.

O Parlamento Europeu estimou os danos em 3,5 milhões de euros, disse seu advogado Patrick Maisonneuve.

Os parlamentares da UE recebem fundos para cobrir despesas, incluindo seus assistentes, mas não devem usá-los para financiar atividades partidárias.

Le Pen e seu partido, que defende políticas de "França em primeiro lugar" em questões que vão desde imigração, mercados de energia e agricultura, rejeitam as alegações.

O parlamentar do RN e porta-voz do partido, Laurent Jacobelli, disse à Reuters na semana passada que o que está em jogo é "um entendimento diferente, como partido francês, do que é um papel de assistente, em comparação com o entendimento do Parlamento Europeu".

Marine Le Pen está sendo acusada tanto por seu papel como líder do partido quanto como parlamentar da UE na época, por supostamente ter contratado assistentes fantasmas.

Se forem considerados culpados, Le Pen e outros réus poderão enfrentar uma possível pena de prisão de até 10 anos e uma multa de um milhão de euros.

Além disso, aqueles que, como Le Pen, tinham mandatos eleitos na época dos supostos delitos correm o risco de serem impedidos de exercer cargos públicos por até 10 anos. Aqueles que não eram eleitos podem ser impedidos de exercer cargos públicos por até cinco anos.

O julgamento se estenderá até 27 de novembro.

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