Líder do Boko Haram se explodiu para não perder para rival, diz EI
Braço africano do EI confirmou morte do líder sanguinário
O líder do grupo terrorista Boko Haram, Abubakar Shekau, se explodiu durante um confronto com um grupo jihadista rival, informam os extremistas em um áudio obtido pela agência francesa AFP. O dia da morte não foi confirmado, mas há cerca de duas semanas há rumores de que ele teria morrido.
"Shekau preferiu ser humilhado no além do que ser humilhado na sua terra. Ele se suicidou em um instante ao detonar um explosivo", disse um dos milicianos do Estado Islâmico da África Ocidental (Iswap). O Boko Haram não confirmou a notícia.
Os rivais do Iswap eram de uma dissidência do próprio Boko Haram que, desde 2016, começaram a se opor aos métodos cruéis contra os civis. Desde 2015, os extremistas começaram a aumentar a frequência de ações contra milhares de inocentes na Nigéria, que iam desde massacres em vilas inteiras a sequestros de centenas de estudantes.
Shekau estava no controle do Boko Haram desde 2009, assumindo após a morte do fundador do grupo, Mohammed Yusuf. Ele foi o responsável por começar a usar crianças e jovens mulheres como "homens-bomba" e a realizar ataques em meio ao público de mercados lotados.
Desde 2019, segundo estimativas do grupo International Crisis Group, a organização de Shekau vinha perdendo membros, tendo entre 1,5 mil a 2 mil combatentes. Já o Iswap tem cerca de cinco mil. .