Líder opositor da Espanha é questionado por comparecer a missa para Franco
O Partido Socialista, que governa a Espanha, exigiu explicações do líder do Partido Popular conservador, Pablo Casado, nesta segunda-feira depois que ele compareceu a um culto religioso em homenagem ao falecido ditador Francisco Franco, cujo legado ainda divide o país.
"Consideramos isto uma agressão, uma irresponsabilidade absoluta", disse Hector Gómez, porta-voz da bancada socialista no Congresso, aos repórteres.
"Exigimos uma explicação... saber se o líder da oposição, o líder do Partido Popular, está endossando a ditadura de Francisco Franco", disse.
A sigla de Casado disse que ele não estava ciente de que a missa em Granada, uma cidade do sul espanhol, à qual compareceu com a família no sábado, era um de vários cultos realizados em toda a Espanha para lembrar o 46º aniversário da morte de Franco.
"Não foi uma missa para Franco, foi uma missa normal, e descobrimos no dia seguinte", disse um porta-voz, sem querer fazer mais comentários.
De acordo com uma fonte do partido, Casado simplesmente entrou em uma igreja próxima de seu hotel porque sabia que não conseguiria ir à missa no dia seguinte devido à sua agenda cheia.
A Fundação Francisco Franco o agradeceu por sua presença, mas disse que ele não foi convidado e que não poderia ser responsabilizado.
Pablo Echenique, do partido de esquerda Unidas Podemos, disse duvidar que o incidente foi uma coincidência.