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Líderes da Catalunha negam que ataque afete independência

18 ago 2017 - 13h51
(atualizado às 15h34)
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Líderes da Catalunha disseram nesta sexta-feira que os ataques fatais em Barcelona e em outra cidade da região do nordeste da Espanha não afetarão seu plano de realizar um referendo independentista em outubro.

Treze pessoas morreram depois que uma van atropelou uma multidão no centro de Barcelona na tarde de quinta-feira, e uma mulher que foi ferida no resort catalão de Cambrils em outra tentativa de ataque também morreu nesta sexta-feira.

Rei Felipe da Espanha (C), primeiro ministro Mariano Rajoy (E) e o chefe do governo catalão, Carles Puigdemont (D), fazem minuto de silêncio após atentado em Barcelona, Espanha 
18/8/2017 REUTERS/Sergio Perez
Rei Felipe da Espanha (C), primeiro ministro Mariano Rajoy (E) e o chefe do governo catalão, Carles Puigdemont (D), fazem minuto de silêncio após atentado em Barcelona, Espanha 18/8/2017 REUTERS/Sergio Perez
Foto: Reuters

Os ataques de supostos militantes islâmicos foram os mais letais na Espanha desde os atentados com bombas em trens de passageiros que mataram 191 pessoas em Madri em 2004. E ocorreram em um momento de escalada na tensão entre Madri e Barcelona, devido à aproximação do plebiscito.

A Catalunha, uma região rica e populosa, com 7,5 milhões de habitantes, abriga um movimento de independência há tempos, mas este ganhou força durante uma recessão recente em meio a clamores por maior autonomia. Sua economia vibrante representa cerca de um quinto da produção espanhola.

Partidos pró-independência, que controlam o Parlamento regional, insistem que a votação ocorrerá em 1º de outubro, embora o referendo enfrente a oposição veemente do governo central, que a considera ilegal.

Carles Puigdemont, chefe do governo catalão, disse à rádio Onda Cero nesta sexta-feira que a questão da campanha separatista e os ataques não devem ser misturados ou usados por políticos em benefício próprio.

Indagado sobre um editorial no principal jornal espanhol, El País, que pediu que os partido catalães "voltem à realidade" após os ataques, Puigdemont respondeu: "Misturar nossas prioridades agora, que são responder à ameaça terrorista e cuidar das vítimas, com qualquer coisa me parece vil."

"Não somos a única, ou a primeira, cidade da Europa onde acontece um massacre como este."

Logo após o atentado de Barcelona, Puigdemont e o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, conversaram por telefone, mas mais tarde se reuniram em separado com seus conselheiros de segurança na capital catalã.

Mas os dois se mostraram mais sintonizados nesta sexta-feira, aparecendo lado a lado em uma coletiva de imprensa depois de uma reunião de emergência conjunta. "É importante para nós conseguirmos agir como uma equipe", disse Rajoy.

O premiê enfatizou a importância de agir em uníssono em outra coletiva de imprensa realizada pouco depois da meia-noite de quinta para sexta-feira, quando se pronunciou sozinho.

"Terroristas são derrotados pela unidade institucional, pela cooperação entre as forças policiais", afirmou então.

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