Líderes da França, Itália e Alemanha lamentam saída do Reino Unido da UE
O premier italiano, Matteo Renzi, disse nesta sexta-feira (24) que a Itália continua comprometida com a União Europeia (UE), após os britânicos decidirem, em referendo, pela saída do bloco. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel e o presidente da França, François Hollande lamentaram o resultado do referendo Brexit - união das palavras Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída, em inglês).
O líder italiano destacou, no entanto, que mudanças são necessárias. "A Europa é nossa casa, o lar de nossos filhos e netos. Mais do que nunca estou convencido de que precisamos de renovações", lembrou em coletiva de imprensa.
Renzi disse ainda que respeita a decisão britânica e que agora é a hora de a União Europeia seguir em frente: "os britânicos fizeram sua escolha e é a hora de virarmos a página".
O italiano não acredita que o Brexit vai causar instabilidade no continente. "Estou aqui para dizer que a Itália vai fazer sua parte. O governo e as instituições financeiras estão em condições de garantir estabilidade e segurança", disse Renzi.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, por sua vez, lamentou o resultado do referendo, mas disse acreditar que o bloco é forte o suficiente para lidar com a situação.
Em coletiva de imprensa, Merkel declarou que a Alemanha tem um "interesse especial" e uma responsabilidade com o sucesso da UE e que as autoridades europeias precisam tentar uma relação próxima de Londres no futuro.
A chanceler também lembrou que o Reino Unido continua membro da UE com "todos seus direitos e obrigações" até que as negociações sejam concluídas.
Ela destacou que as autoridades europeias não devem tomar conclusões "rápidas e simples" sobre o Brexit, pois poderiam criar mais divisões.
Merkel revelou que um encontro com o presidente da França, François Hollande, e o premier da Itália foi agendado para a próxima segunda-feira, dia 27, em Berlim para debater a questão.
François Hollande lamentou "profundamente" a decisão pela saída do Reino Unido e disse que o bloco deverá fazer mudanças para continuar avançando. "A votação britânica é um duro teste para a Europa", concluiu.
Em breve pronunciamento televisionado, Hollande disse que este é o momento para reforçar importantes políticas, como de segurança e defesa, proteção das fronteiras e criação de empregos.