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Líderes e conservacionistas da África pedem fim de matança de elefantes e rinocerontes

29 abr 2016 - 10h30
(atualizado às 10h58)
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O futuro dos elefantes e rinocerontes da África depende da capacidade das nações do continente de lutarem juntas contra a caça ilegal, disseram o presidente do Quênia e conservacionistas nesta sexta-feira, quando se reuniram para uma cúpula no leste africano.

Foto: Reuters

Para mostrar seu comprometimento, o Quênia irá queimar 105 toneladas de marfim apreendida no sábado, enviando a mensagem de que o valor real das presas está nos animais vivos, que atraem turistas para as savanas e florestas onde manadas inteiras foram dizimadas.

Estimados em 1,2 milhão nos anos 1970, o número de elefantes na África diminuiu para cerca de 400 mil. A caça ilegal ultrapassou 30 mil animais por ano entre 2010 e 2012, o que ameaça extingui-los em algumas regiões africanas. O futuro dos rinocerontes, que atualmente são menos de 30 mil, promete ser ainda mais sombrio se a caça ilegal não for detida.

"Os caçadores ilegais não se importam com fronteiras nacionais, nem as gangues de criminosos que contrabandeiam exemplares da vida selvagem para fora do continente. Não existe solução para esta batalha que possa ser implementada por um único país", disse o líder queniano, Uhuru Kenyatta, em um comunicado antes da cúpula do Giants Club, na qual deve discursar.

"Esta é uma questão continental", afirmou Ian Craig, diretor do Conselho das Terras do Norte da Quênia, na reunião, dizendo que os africanos precisam capitalizar os avanços obtidos desde um pico de caça ilegal em 2012. "Nós, a África, precisamos coordenar nossos esforços".

No Quênia, 93 elefantes foram mortos em 2015 – haviam sido 384 em 2012. Mas as organizações de conservação ambiental dizem que a nação do leste africano continua sendo um local de trânsito para exemplares da vida selvagem contrabandeados para outros países.

Líderes de Uganda e do Gabão também se juntaram à cúpula para delinear as iniciativas de repressão aos caçadores ilegais, que em algumas regiões chegaram a usar metralhadoras de cinto para matar dezenas de animais de uma só vez.

Os conservacionistas pediram ações que vão de melhorias no processamento de caçadores ilegais à contenção da demanda de ébano e de chifres de rinocerontes no exterior, a maior parte vinda da Ásia.

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