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Lukashenko está a caminho de vencer com 88% na eleição de Belarus, desprezada pelo Ocidente como uma farsa

26 jan 2025 - 17h07
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O líder bielorrusso Alexander Lukashenko estava a caminho de estender seu governo de 31 anos com 87,6% dos votos em uma eleição presidencial neste domingo, de acordo com uma pesquisa de boca de urna divulgada pela TV estatal, depois de desafiar o Ocidente e defender a prisão de dissidentes.

Enquanto os bielorrussos votavam, Lukashenko discutiu com a mídia mundial em uma coletiva de imprensa que durou mais de quatro horas e 20 minutos.

Questionado sobre como a eleição poderia ser livre e justa, dado que todas as principais figuras da oposição estão na prisão ou fugiram do país, o líder veterano respondeu: "Alguns escolheram a prisão, alguns escolheram o 'exílio', como você diz. Não expulsamos ninguém do país."

Ele disse que ninguém foi impedido de falar em Belarus, mas a prisão era "para pessoas que abriam a boca demais, para ser franco, aquelas que infringiam a lei".

Os Estados Unidos e a União Europeia descreveram a eleição como uma farsa, dada a repressão de oponentes políticos e a proibição da mídia independente.

"Esta é uma afronta flagrante à democracia", disse a chefe de política externa da UE, Kaja Kallas, na véspera da votação.

A líder da oposição exilada Sviatlana Tsikhanouskaya disse à Reuters esta semana que Lukashenko estava planejando sua reeleição como parte de um "ritual para ditadores".

Manifestações contra ele ocorreram no domingo em Varsóvia e outras cidades do leste europeu.

Lukashenko ignorou as críticas como sem sentido e disse que não se importava se o Ocidente decidisse reconhecer a eleição ou não.

A UE e os EUA disseram que não o reconheciam como o líder legítimo de Belarus depois que ele usou suas forças de segurança para esmagar protestos em massa após a última eleição em 2020, quando governos ocidentais apoiaram a alegação de Tsikhanouskaya de que ele havia falsificado os resultados.

Dezenas de milhares de pessoas foram presas. O grupo de direitos humanos Viasna, que é banido como uma organização "extremista", diz que ainda há cerca de 1.250 presos políticos.

Lukashenko, que levou seu pequeno cachorro com ele para uma seção eleitoral de Minsk, concorria contra quatro outros candidatos, nenhum dos quais apresentou qualquer desafio sério. Mas, embora não houvesse dúvidas sobre o resultado, ele enfrenta escolhas complicadas em um novo mandato de cinco anos, que será seu sétimo desde 1994.

A guerra na Ucrânia o uniu mais fortemente do que nunca ao presidente russo Vladimir Putin, com Lukashenko oferecendo seu país como uma plataforma de lançamento para a invasão de 2022 e, mais tarde, concordando em deixar Moscou colocar armas nucleares táticas em Belarus.

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