Lula afirma que há cidadão brasileiro entre reféns do Hamas
Presidente afirmou que está atualmente envolvido em negociações para garantir a libertação do brasileiro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou nesta quinta-feira, 30, em Doha, no Qatar, que há um cidadão brasileiro entre os reféns do grupo Hamas. Lula afirmou que está atualmente envolvido em negociações para garantir a libertação do brasileiro e que isso pode ocorrer nos próximos dias. Ele discutiu esse assunto com o emir do Qatar, Tamim bin Hamad al-Thani.
"A segunda coisa [que tratei nesse encontro com o emir] é o agradecimento ao Qatar, porque o Qatar teve um papel importante para a liberação dos brasileiros que estavam na Faixa de Gaza. Ainda têm mais brasileiros lá, [estamos trabalhando] na liberação de um refém, que ainda pode ser liberado por esses dias", afirmou o presidente aos jornalistas. O vídeo da entrevista foi publicado nos stories do petista.
O Terra solicitou maiores informações sobre o cidadão brasileiro mantido como refém pelo Hamas à assessoria do Planalto e do Itamaraty e aguarda retorno.
Israel e o Hamas concordaram em estender o cessar-fogo por um sétimo dia em um acordo de última hora nesta quinta-feira. Os Estados Unidos expressaram a esperança de extensões adicionais para liberar mais reféns e facilitar a entrega de ajuda à Faixa de Gaza.
O cessar-fogo permitiu a entrada de alguma ajuda humanitária em Gaza, que foi fortemente danificada por sete semanas de ataques aéreos israelenses em resposta a um ataque do Hamas em 7 de outubro. Apesar de um tiroteio fatal em Jerusalém, ambas as partes se comprometeram com o sétimo dia da trégua.
Israel, que exigiu a libertação diária de pelo menos 10 reféns pelo Hamas para manter o cessar-fogo, recebeu uma lista de última hora dos que seriam libertados, evitando a retomada dos combates. O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em sua terceira visita ao Oriente Médio desde o início do conflito, enfatizou os esforços contínuos para prolongar a trégua.
No total, 97 reféns foram libertados durante a trégua, incluindo mulheres e crianças israelenses, além de estrangeiros. A possível extensão do cessar-fogo pode exigir novos termos para a libertação de homens israelenses, incluindo soldados.
*Com informações da Reuters