Lula critica ONU, Moro e Ciro repudiam guerra
Políticos e autoridades brasileiras estão se manifestando sobre a invasão da Ucrânia pelas tropas de Vladimir Putin, líder da Rússia; confira mais manifestações
Integrantes da classe política brasileira foram às redes sociais nesta quinta-feira, 24, lamentar a invasão da Ucrânia pela Rússia e opinar sobre a conduta a ser adotada pela diplomacia brasileira. Parlamentares, governadores e presidenciáveis já se pronunciaram.
O pré-candidato do Podemos à Presidência, Sérgio Moro, foi o primeiro postulante ao Planalto a se manifestar. Disse repudiar o conflito e se posicionou favorável à Ucrânia. "Repudio a guerra e a violação da soberania da Ucrânia. A paz sempre deve prevalecer", escreveu.
Repudio a guerra e a violação da soberania da Ucrânia. A paz sempre deve prevalecer.
— Sergio Moro (@SF_Moro) February 24, 2022
O provável candidato do PT ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, também se pronunciou. Em entrevista à rádio Supra FM, ele criticou a atuação da Organização das Nações Unidas (ONU) no apaziguamento do conflito e disse que a agência perdeu representatividade. "É importante a gente chamar a atenção das Nações Unidas. As Nações Unidas precisam levar em conta que elas não têm mais a representatividade que tinha quando ela foi criada em 1948. É importante ela lembrar que a geografia política do mundo mudou", disse o ex-presidente, defendendo que mais países tenham representação no conselho de segurança do órgão.
"Ninguém pode concordar com guerra, ataques militares de um país contra o outro. A guerra só leva a destruição, desespero e fome. O ser humano tem que criar juízo e resolver suas divergências em uma mesa de negociação, não em campos de batalha", publicou o perfil oficial do ex-presidente no Twitter.
Ninguém pode concordar com guerra, ataques militares de um país contra o outro. A guerra só leva a destruição, desespero e fome. O ser humano tem que criar juízo e resolver suas divergências em uma mesa de negociação, não em campos de batalha.
— Lula (@LulaOficial) February 24, 2022
O presidenciável Ciro Gomes (PDT) criticou o desempenho diplomático do Brasil ao comentar a invasão russa e chamou o governo Bolsonaro de despreparado. "No mundo atual não existe mais guerra distante e de consequências limitadas. Precisamos nos preparar, portanto, para os reflexos do conflito entre Rússia e Ucrânia. Muito especialmente por termos um governo frágil, despreparado e perdido", publicou.
No mundo atual não existe mais guerra distante e de consequências limitadas. Precisamos nos preparar, portanto, para os reflexos do conflito entre Rússia e Ucrânia. Muito especialmente por termos um
governo frágil, despreparado e perdido.
— Ciro Gomes (@cirogomes) February 24, 2022
A deputada federal Joice Hasselmann (PSDB-SP) prestou solidariedade aos ucranianos e manifestou preocupação com os brasileiros que estão no país neste momento. "Minhas preces estão com o povo da Ucrânia e os 500 brasileiros que ainda lá estão", escreveu. Na mesma publicação, ela publicou um vídeo do encontro entre o presidente Bolsonaro e Vladimir Putin na semana passada. O vídeo registra o mandatário brasileiro dizendo ser solidário à Rússia.
A deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) também se solidarizou com os ucranianos, mas evitou mencionar o chefe do Executivo em sua publicação. "A guerra está declarada. Rezemos pelos ucranianos", escreveu a parlamentar. Já a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) compartilhou notícias sobre a invasão sem tomar partido.
O governador Flávio Dino, do Maranhão, lamentou a invasão e disse torcer para que ambos os lados cedam. "Uma guerra significa o fracasso dos valores humanitários e da boa política. Lamento muito e espero que a paz prevaleça, com as necessárias concessões das partes envolvidas", escreveu.
O governador do Ceará, Camilo Santana (PT) defendeu o diálogo entre Rússia e Ucrânia. "Guerra significa dor, morte e sofrimento. Será sempre o pior caminho. Rogo a Deus que esse conflito entre Rússia e Ucrânia tenha logo um fim, com a retomada do diálogo que leve ao caminho do respeito e da paz", publicou.