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Macron e Scholz se encontram para discutir ameaças tarifárias de Trump

22 jan 2025 - 10h34
(atualizado às 11h51)
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O presidente da França, Emmanuel Macron, e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, tentaram projetar unidade durante um encontro em Paris nesta quarta-feira, à medida que a Europa se esforça para responder com uma única voz às ameaças de tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Trump, que também ameaçou Canadá, México e China com tarifas pesadas, disse na terça-feira que a Europa possui superávits comerciais preocupantes com os EUA e que está "sujeita a tarifas".

Em declarações aos repórteres antes de um almoço de trabalho no Palácio do Eliseu, tanto Macron quanto Scholz insistiram que a Europa é forte e que a união entre seus países é sólida, embora esperem dificuldades.

"O presidente Trump, isso já está claro, será um desafio", disse Scholz.

"Nossa posição é clara. A Europa é uma grande área econômica com cerca de 450 milhões de cidadãos. Nós somos fortes. Estamos unidos. A Europa não vai se esquivar e se esconder."

Há muito tempo, Macron defende que a Europa seja mais autossuficiente.

"Após a posse de um novo governo nos Estados Unidos, é necessário, mais do que nunca, que os europeus e nossos dois países desempenhem seu papel na consolidação de uma Europa unida, forte e soberana", disse ele.

Os dois líderes mencionaram os setores de aço, automóveis e produtos químicos - possíveis alvos das tarifas dos EUA - como cruciais para a economia europeia.

Muitos países da UE têm economias voltadas para a exportação. Já enfrentando custos de energia mais altos por conta da guerra na Ucrânia e uma desaceleração no comércio com a China, eles não gostam da ideia de uma nova frente de dificuldades com os EUA.

No entanto, tanto Macron - que perdeu uma eleição parlamentar no ano passado - quanto Scholz, que está atrás de seu rival conservador nas pesquisas de opinião antes da eleição federal do próximo mês, estão enfraquecidos no cenário doméstico.

A dupla também tem divergido em muitas questões nos últimos anos, adiando tomadas de decisões na União Europeia e deixando um vácuo de liderança que as instituições europeias têm se esforçado para preencher.

Enquanto os principais políticos alemães têm pressionado por um acordo de livre comércio entre Europa e EUA, a França diz que a UE deve rejeitar a coerção econômica e aplicar contra-tarifas se for atacada.

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