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Maduro diz que Itamaraty conspira contra Venezuela e pede pronunciamento de Lula sobre veto no Brics

Durante seu programa semanal na TV pública, ditador evitou responsabilizar presidente brasileiro diretamente pelo veto, mas afirmou que chancelaria brasileira é ligada aos EUA

29 out 2024 - 07h38
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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, em visita ao Planalto
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, em visita ao Planalto
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Estadão

O ditador venezuelano Nicolás Maduro convocou nesta segunda-feira, 28, o presidente Lula para se pronunciar sobre o veto do governo brasileiro que bloqueou a entrada da Venezuela no Brics na semana passada.

"Prefiro esperar que Lula observe, esteja bem informado sobre os acontecimentos, e que ele, como chefe de Estado, em seu momento, diga o que tem que dizer", disse Maduro, em seu programa semanal na TV pública venezuelana.

O ditador evitou responsabilizar Lula diretamente pelo veto, e mirou nos funcionários da chancelaria brasileira. "O Itamaraty tem sido um poder dentro do poder no Brasil há muitos anos. Sempre conspirou contra a Venezuela. É uma chancelaria muito ligada ao Departamento de Estado americano, desde a época do golpe de Estado contra João Goulart", disse Maduro.

De acordo com o Itamaraty, entre as condições avaliadas para a adesão ao grupo, estavam relevância política, equilíbrio na distribuição regional dos países, alinhamento à agenda de reforma da governança global, inclusive do Conselho de Segurança da ONU, rejeição a sanções não autorizadas pelas Nações Unidas no âmbito do conselho, e relações "amigáveis" com todos os membros.

No último sábado, o procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, questionou o acidente doméstico sofrido por Lula, que chamou de "álibi" para justificar a ausência do brasileiro na reunião do bloco. "Não me pronuncio sobre esse tema. Cabe aos médicos e ao presidente Lula falar", disse Maduro.

"Devemos esperar resultados dos nossos próprios esforços, nunca depender de ninguém, seja quem for. Não dependemos do Brasil para nada, nem de ninguém", ressaltou Maduro, que indicou que continuará insistindo na entrada da Venezuela no Brics./AFP.

Estadão
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