Maduro e Mujica defendem fim da suspensão do Paraguai do Mercosul
O atual presidente pro tempore do Mercosul, o uruguaio José Pepe Mujica, e o futuro presidente temporário do bloco, o venezuelano Nicolás Maduro, consideram que há condições de acabar com a suspensão do Paraguai do grupo. O Paraguai foi suspenso do Mercosul há 11 meses desde que os líderes da região concluíram que o processo de impeachment do então presidente Fernando Lugo transgrediu a ordem democrática. As autoridades paraguaias negam irregularidades.
O presidente do Uruguai transmite o comando temporário do Mercosul para a Venezuela em 28 de junho. Mujica e Maduro se reuniram na terça-feira em Montevidéu (Uruguai). Ambos defenderam esforços para ampliar a integração da região. Maduro disse que 'estão dadas as condições para que o Paraguai volte a ser um membro pleno' do Mercosul, enquanto Mujica convidou o presidente eleito do Paraguai, Horacio Cartes, para participar da reunião do bloco em junho.
Para Maduro, as condições atuais permitem o fim da suspensão do Paraguai do Mercosul. Ele disse ter conversado com Cartes por telefone e desejou sorte na Presidência da República. Em relação às controvérsias nas eleições da Venezuela, nas quais saiu vitorioso, Maduro lembrou que 'em nenhum lugar do mundo houve uma auditoria logo depois das eleições'.
A oposição, liderada pelo candidato derrotado Henrique Capriles, levanta dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral e exige a realização de auditoria. A diferença de votos entre Maduro e Capriles foi cerca de 200 mil - número considerado baixo.