Mais de 100 pessoas são sequestradas na Etiópia, diz enviado dos EUA
Pelo menos 100 pessoas, incluindo estudantes, foram sequestrados em regiões da Etiópia que têm sido palcos de combates esporádicos desde o fim da guerra civil em Tigray, disse o embaixador dos Estados Unidos em Addis Ababa nesta segunda-feira.
Embora um acordo de paz assinado em novembro de 2022 tenha gerado certa estabilidade em Tigray, o governo do primeiro-ministro Abiy Ahmed tem sofrido para levar segurança a outras áreas.
Ano passado, mais de 1.300 pessoas foram mortas em todo o país, com a maior parte da violência afetando as regiões de Amhara e Oromia, segundo a ONU.
"Sequestros recentes e frequentes nas regiões de Oromia e Amhara mostram como conflitos prolongados encorajam os criminosos e enfraquecem o Estado de Direito", escreveu o embaixador norte-americano Ervin Massinga, na rede social X.
"Na semana passada, mais de 100 estudantes e passageiros foram sequestrados para pedidos de resgate", acrescentou.
Na quarta-feira, três ônibus foram parados por homens armados não identificados a cerca de 120 km ao norte da capital Addis Ababa, na região de Oromia, segundo um estudante da Universidade de Debark que conseguiu escapar e se esconder em uma floresta.
Os agressores falavam oromo, segundo ele, e tinham o mesmo estilo de cabelo de combatentes do grupo rebelde Exército de Libertação Oromo (OLA), que a ONU acusa de assassinatos, destruição de propriedade, estupro e sequestros.
Porta-vozes do OLA, do governo local de Oromia e do governo central não responderam aos pedidos da Reuters por comentários em um primeiro momento.