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Mais de 200 pessoas são mortas em massacre no Haiti, diz ONU

23 dez 2024 - 19h43
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Pelo menos 207 pessoas foram mortas por membros da gangue Wharf Jeremie no bairro portuário de Cite Soleil, no Haiti, no início deste mês, disse a ONU em um relatório divulgado nesta segunda-feira, revisando para cima um número de mortos inicialmente estimado em 187.

O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos disse que pelo menos 134 homens e 73 mulheres, a maioria idosos acusados de bruxaria, foram mortos em menos de uma semana de execuções em massa, sequestros e ataques por cerca de 300 membros da gangue Wharf Jeremie.

O líder da gangue, Monel "Mikano" Felix, ordenou os ataques depois que seu filho ficou doente, acusando moradores locais de causar a doença através do vodu. Muitas das vítimas foram sequestradas de templos vodu e cerimônias religiosas, disse a ONU.

Os assassinatos chocaram a nação caribenha, que tem sido envolvida em um conflito de gangues cada vez pior, agravando escassez de alimentos, enquanto países vizinhos se atrasam na entrega da ajuda para segurança prometida faz tempo.

A gangue de Mikano controla uma área pequena, mas estratégica entre portos importantes, armazéns ao redor e rodovias nacionais fora da capital há cerca de 15 anos, segundo a ONU.

Mais de 5,3 mil pessoas foram mortas no Haiti desde janeiro e mais de 12 mil desde o início de 2022, segundo a ONU, enquanto mais de 700 mil foram deslocadas internamente.

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