Malala Yousafzai pede a líderes muçulmanos que não 'legitimem' Talibã
Nobel da Paz participou de cúpula sobre a educação de meninas
A paquistanesa Malala Yousafzai, ativista e vencedora do Nobel da Paz, pediu aos líderes muçulmanos que não "legitimem" o governo do Talibã no Afeganistão.
Em um discurso em Islamabad, que teve como foco a educação de meninas, a ativista de 27 anos avaliou que é o momento ideal para que os chefes islâmicos "levantem a voz" e "usem seus poderes" contra isso.
"As meninas vivem em situações terríveis na Ummah muçulmana, incluindo no Iêmen e no Sudão, onde enfrentam pobreza, violência e casamentos forçados. Uma geração inteira de meninas no Afeganistão estão tendo seu futuro roubado", declarou.
No evento, que teve a participação de representantes de vários países islâmicos, Malala pediu unidade global para combater a exclusão sistemática de mulheres da sociedade pelo grupo fundamentalista.
"Em outras palavras, o Talibã não considera as mulheres como seres humanos. Ele é explícito em sua missão: querem eliminar mulheres e meninas de todos os aspectos da vida pública e apagá-las da sociedade. Eles criaram um sistema de apartheid de gênero. Não lhes deem legitimidade", sublinhou. .