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Manifestantes de Hong Kong fazem pausa em respeito ao 11 de Setembro

11 set 2019 - 12h01
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Ativistas de Hong Kong suspenderam protestos nesta quarta-feira para lembrar os ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos e repudiaram a reportagem de um jornal estatal chinês que os acusou de estarem planejando um "terror enorme" na cidade sob controle chinês.

Ativista pró-democracia de Hong Kong Joshua Wong concede entrevista coletiva em Berlim
11/09/2019
REUTERS/Hannibal Hanschke
Ativista pró-democracia de Hong Kong Joshua Wong concede entrevista coletiva em Berlim 11/09/2019 REUTERS/Hannibal Hanschke
Foto: Reuters

Há meses Hong Kong vem sendo abalada por tumultos às vezes violentos, desencadeados pela revolta contra uma legislação planejada para permitir extradições à China, que se tornaram apelos por democracia e para que os governantes comunistas de Pequim deixem a cidade em paz.

"Fanáticos antigoverno estão planejando ataques terroristas enormes, inclusive explodir tubulações de gás, em Hong Kong no dia 11 de setembro", disse a edição de Hong Kong do Diário da China em sua página de Facebook, ao lado de uma foto dos ataques às torres gêmeas de Nova York com aviões sequestrados.

"O complô terrorista de 11 de setembro também estimula ataques indiscriminados a falantes não nativos de cantonês e a se iniciar incêndios em montanhas".

A postagem disse que "informações vazadas foram parte da estratégia sendo tramada pelos manifestantes radicais em suas salas de bate-papo online".

A ex-colônia britânica foi devolvida a Pequim em 2017 mediante a fórmula "um país, dois sistemas", que garante liberdades inexistentes na China continental, como um sistema legal independente, o que provocou a revolta contra o projeto de lei de extradição.

A líder de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou a retirada do projeto de lei, mas muitos moradores da cidade temem que Pequim esteja erodindo continuamente a autonomia do polo financeiro asiático.

A China nega interferência, e acusou EUA, Reino Unido e outros de fomentarem os tumultos.

"Nem precisamos fazer uma levantamento de fatos para saber que isso é notícia falsa", disse Michael, um manifestante de 24 anos, referindo-se ao Diário da China. "A mídia estatal não liga para sua credibilidade. Sempre que surgir algo que eles afirmam ter ouvido no WhatsApp ou de amigos de amigos, eles disseminarão na mesma hora".

Os manifestantes suspenderam as ações nesta quarta-feira.

"Em solidariedade contra o terrorismo, todas as formas de protesto em Hong Kong serão suspensas em 11 de setembro, tirando possíveis cantos e brados", disseram em um comunicado.

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