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Marcha em Paris deve reunir mais de 1 milhão de pessoas

Entre os políticos que confirmaram presença estão chefes de estado de Portugal, Espanha, Itália, Reino Unido, Turquia, Egito e Alemanha

10 jan 2015 - 17h47
(atualizado às 18h13)
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A Marcha Republicana convocada para domingo em Paris será uma das maiores manifestações dos últimos anos na capital francesa. Deverá reunir mais de 1 milhão de pessoas, além de intelectuais, religiosos, personalidades e políticos de diversos países.

A frase "Paris est Charlie" (Paris é Charlie) pode ser lida em enormes letras na parte superior do monumento de estilo neoclássico
A frase "Paris est Charlie" (Paris é Charlie) pode ser lida em enormes letras na parte superior do monumento de estilo neoclássico
Foto: Youssef Boudlal / Reuters

Esta manifestação convocada após o assassinato de 12 jornalistas e cartunistas da publicação satírica Charlie Hebdo, na quarta-feira, reafirmará o repúdio ao terrorismo e à defesa dos valores republicanos, como a liberdade de expressão e de opinião.

Entre os políticos que confirmaram presença no domingo estão chefes de estado e de governo de Portugal, da Espanha, Itália, do Reino Unido, da Turquia e Alemanha, e representantes governamentais da Rússia e do Egito, país que mantém uma tensa relação diplomática com a França.

Para além da manutenção do mais alto estado de alerta na capital francesa, uma vez que são mantidas as ameaças terroristas, haverá mais 5.500 homens nas forças de segurança.

Neste sábado, cerca de 700 mil pessoas manifestaram-se por toda a França em solidariedade aos 17 mortos nos ataques terroristas desta semana, informou o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.

Atentados, assassinatos, sequestros e perseguições em Paris

A sede da revista Charlie Hebdo, em Paris, foi alvo de um ataque que matou 12 pessoas no dia 7 deste mês. De acordo com testemunhas, dois homens encapuzados invadiram a redação armados de fuzis e, enquanto atiravam nas pessoas que trabalhavam no local, gritaram “vamos vingar o profeta” e Allah akbar (Alá é grande). O semanário já havia sofrido diversas ameaças por publicar charges e caricaturas da figura religiosa de Maomé.

O atentado causou comoção no mundo todo. Manifestações foram organizadas com cartazes escritos "je suis Charlie" (Sou Charlie) e mãos empunhando lápis, o material de trabalho dos quatro cartunistas mortos no episódio.

Cidades da França entraram em alerta máximo para ataque terrorista e 88 mil homens das forças de segurança iniciaram uma caçada aos envolvidos no atentado. Nove pessoas foram presas no dia seguinte. Os irmãos nascidos em Paris e de pais argelinos Cherif Kuachi, 32 anos, e Said Kuachi, de 34, foram identificados como os autores dos disparos. O primeiro já havia sido condenado, em 2008, por ter atuado num grupo que enviava jihadistas ao Iraque.

Nesta sexta-feira (9), a polícia fechou o cerco após os dois irmãos, que estavam foragidos, roubarem um carro e invadirem uma fábrica na cidade de Dammartin-en-Goële, ao norte de Paris, onde mantiveram um refém.

Ao mesmo tempo, no leste de Paris, o casal Hayat Boumediene e Amedy Coulibaly mataram três pessoas em um mercado judaico e fizeram outras dez reféns. Coulibaly, que conheceria um dos irmãos Kuachi, foi identificado pela polícia como o autor dos disparos que mataram uma policial na periferia de Paris no dia anterior.

Após horas de negociações, ambos os lugares foram invadidos pela polícia. Em Dammartin-en-Goële, os irmãos foram mortos e o refém liberado. No mercado, um sequestrador foi morto, assim como um refém, e a outra terrorista permanece foragida. 

Agência Brasil Agência Brasil
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