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Marido de professora morta em massacre no Texas morre do coração 2 dias depois

Em entrevista coletiva, polícia explica que atirador entrou na escola sem sofrer resistência; ele matou 19 crianças e 2 professoras

26 mai 2022 - 21h45
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Joe Garcia, marido de Irma Garcia, morreu nesta quinta-feira, 26, de um ataque cardíaco, dois dias depois dela
Joe Garcia, marido de Irma Garcia, morreu nesta quinta-feira, 26, de um ataque cardíaco, dois dias depois dela
Foto: Reprodução/The New York Times

Joe Garcia, marido de Irma Garcia, uma das duas professoras mortas no massacre na escola primária de Uvalde (Texas), morreu nesta quinta-feira, 26, de um ataque cardíaco, dois dias depois dela, disse seu sobrinho John Martinez.

Garcia, de 50 anos, visitou o memorial de sua mulher pela manhã para deixar flores. Quando voltou para casa, ele "praticamente caiu", disse Martinez, acrescentando que sua mãe, que estava na casa da família, tentou reanimá-lo, mas ele morreu no hospital.

O casal estava junto havia 25 anos e tinha quatro filhos, sendo o mais velho de 23 anos e os demais, adolescentes. "Garcia foi afligido pela dor depois de ter perdido a mulher", disse Martinez.

Em entrevista ao site People, Martinez disse que sua tia Irma morreu como uma heroína, acrescentando que uma das 19 crianças assassinadas no massacre foi encontrada morta em seus braços. "Eles não eram apenas seus alunos. Aqueles eram seus filhos, e ela colocou sua vida em risco. E perdeu a vida para protegê-los", disse Martinez ao Washington Post.

"Eu realmente acredito que Joe morreu de coração partido e perder o amor de sua vida por mais de 25 anos foi demais para suportar", escreveu a prima de Irma, Debra Austin, em uma campanha de arrecadação de fundos online montada em apoio aos quatro filhos de Garcia.

Sem resistência

A polícia americana afirmou nesta quinta-feira, 26, que o atirador que atacou a escola primária de Uvalde (Texas) entrou no edifício sem encontrar resistência, desmentindo algumas informações publicadas nas últimas horas de que o jovem teria entrado em confronto com um segurança.

"Foi publicado que um agente de segurança do distrito escolar teria confrontado o suspeito enquanto ele estava entrando, mas não é verdade. Ele entrou na escola sem resistência", disse o diretor regional para o sul do Texas do Departamento de Segurança Pública, Victor Escalón.

Durante entrevista coletiva nesta quinta-feira, Escalón tentou defender o trabalho dos agentes das diferentes forças policiais que intervieram na operação, em um momento em que as críticas foram desencadeadas nas redes sociais e na mídia que entenderam que houve uma resposta muito lenta ao ataque.

Circulam na internet vários vídeos gravados na última terça-feira de pais e parentes de alunos, nas imediações da escola, gritando e confrontando a polícia por, na sua opinião, não terem feito nada enquanto ocorria um ataque a tiros no interior da escola.

Segundo a própria versão da polícia, demorou uma hora desde que o atirador, Salvador Ramos, entrou na escola de Uvalde até ser ele ser morto por um agente da Patrulha de Fronteira.

Durante esse tempo, Ramos atirou em uma sala de aula cheia de crianças, matando 19 delas e 2 professoras.

Como explicou Escalón hoje, a porta da escola estaria aberta quando Ramos chegou ao local, por razões que ainda estão sendo investigadas.

Depois de balear sua avó em casa, Ramos entrou em um veículo e dirigiu até as proximidades da Robb Elementary School, onde se envolveu em um acidente por volta das 11h28 (hora local).

Do local do acidente, ele caminhou a pé armado com fuzil e munição em direção à escola, momento em que a polícia foi acionada, e demorou aproximadamente 12 minutos para chegar ao local.

Enquanto seguia a pé para a escola, Ramos atirou em duas pessoas que estavam em uma funerária do outro lado da rua, sem causar ferimentos.

Quando os policiais locais chegaram ao local, ouviram tiros e identificaram a sala de aula onde estava o atirador, mas não conseguiram ter acesso porque Ramos abriu fogo contra eles todas as vezes que tentavam.

Os agentes pediram reforços e começaram a retirar os alunos e professores da escola.

Os motivos que levaram Salvador Ramos, sem antecedentes criminais ou doença mental conhecida, a realizar o massacre ainda estão sendo investigados. (*Com informações dos veículos EFE, NYT e WP)

Estadão
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