Mattarella pede que China tire barreiras aos produtos italianos
Presidente destacou necessidade de uma 'relação equilibrada'
Após participar de uma série de compromissos neste sábado (7) em Pequim, incluindo um encontro com o primeiro-ministro da China, Li Qiang, o presidente da Itália, Sergio Mattarella, defendeu que as barreiras do país asiático aos produtos italianos precisam ser "removidas".
Mattarella declarou que o intercâmbio econômico entre as duas nações duplicou no espaço de seis anos, além de ter analisado que "há um crescimento no desejo de colaboração mútua".
"A primeira observação é que [o intercâmbio] ainda está abaixo do potencial e por isso existe a vontade de aumentar o fluxo comercial; a outra é a necessidade de um reequilíbrio no desenvolvimento das relações comerciais de importação e exportação", avaliou o chefe de Estado.
Após uma conversa "harmoniosa" com seu homólogo chinês, Xi Jinping, Mattarella recordou que as relações entre europeus e asiáticos são "antigas", mas estão atualmente em declínio "pleno e colaborativo no nível político e na visão internacional sobre o desejo de paz, de multilateralismo e de abertura nas relações econômicas".
"A China é, para a Itália, o primeiro parceiro econômico da Ásia. O espírito construtivo que nos anima apela a uma relação equilibrada que permita, com a remoção das barreiras que dificultam o acesso ao mercado chinês de produtos italianos de excelência, corresponder às expectativas dos consumidores chineses, cada vez mais exigentes e atentos à qualidade", acrescentou.
Por fim, o presidente italiano afirmou que "um diálogo fluido, responsável e aprofundado entre Pequim e a União Europeia nas esferas política e estratégica representaria um grande valor".
"Ninguém na Europa, muito menos na Itália, imagina uma época de protecionismo. Em linha com esta abordagem, acreditamos que as situações e procedimentos relativos a um setor comercial, que visam alcançar uma concorrência leal e correta, com o objetivo de alcançar acordos mutuamente vantajosos, não devem ter repercussões nas práticas comerciais de outros setores", concluiu. .