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May é pressionada a agendar renúncia para conseguir aprovar acordo do Brexit

25 mar 2019 - 11h09
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A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, foi pressionada nesta segunda-feira a anunciar uma data para sua saída do cargo como preço para que parlamentares rebeldes de seu partido que são favoráveis à desfiliação britânica da União Europeia apoiem o acordo de separação apresentado pelo governo.

Premiê britânica, Theresa May
25/03/2019
REUTERS/Peter Nicholls
Premiê britânica, Theresa May 25/03/2019 REUTERS/Peter Nicholls
Foto: Reuters

A política britânica está em meio a um turbilhão, em uma das conjunturas mais importantes do país em ao menos uma geração, e ainda não está claro quando ou se Brexit realmente acontecerá, quase três anos após o referendo sobre a filiação à UE.

Vendo May enfraquecida, ministros se uniram para assegurar que ela continua no comando e para negar relatos de um complô para exigir que ela indique uma data para deixar o posto em uma reunião de gabinete marcada para esta segunda-feira.

"Chegou a hora, Theresa", disse o jornal Sun, de Rupert Murdoch, em um editorial na primeira página, argumentando que sua única chance de obter uma aprovação do Parlamento ao acordo, após duas derrotas, é marcar a data de sua partida.

"Espero que o gabinete diga à primeira-ministra que o jogo acabou", disse Andrew Bridgen, parlamentar conservador que apoia o Brexit, à Sky News.

"A primeira-ministra não conta com a confiança do partido parlamentar. Está claro que ela não conta com a confiança do gabinete e ela certamente não conta com a confiança de nossos membros pelo país afora".

O Reino Unido, que decidiu sair da UE por 52 a 48 por cento dos votos no referendo, continua profundamente divido sobre o Brexit.

No domingo, meras 24 horas depois que centenas de milhares de pessoas marcharam por Londres para exigir outro referendo, May convocou parlamentares rebeldes à sua residência de Chequers pare tentar encontrar uma maneira de romper o impasse.

"Na reunião se debateu uma variedade de temas, incluindo se existe apoio suficiente nos (Câmara dos) Comuns para remarcar uma votação significativa (de seu acordo) nesta semana", disse o porta-voz do escritório de Downing Street de May.

Boris Johnson, Jacob Rees-Mogg e Steve Baker compareceram, assim como os ministros David Lidington e Michael Gove, que foram apontados como possíveis premiês interinos e obrigados a negar que desejam o cargo.

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