Medalhista olímpica que sobreviveu a ataque a tiros em Israel detalha atentado: 'Não havia suspeita'
Sete pessoas morreram e outras 16 ficaram feridas após dois homens abrirem fogo em uma estação de trem em Jaffa na terça, 1º
Diana Svertsov escapou ilesa do tiroteio em Jaffa. Terroristas abriram fogo em estação de trem da cidade israelense.
A ginasta Diana Svertsov, de 19 anos, conseguiu escapar ilesa do tiroteio que matou 7 pessoas e feriu outras 16 em uma estação de trem em Jaffa, cidade vizinha de Tel-Aviv, capital de Israel, na noite de terça-feira, 1º. A jovem foi medalha de prata na ginástica rítmica na Olimpíada de Paris deste ano.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Diana relatou que havia acabado de embarcar no trem quando os terroristas abriram fogo. Ela explicou que os homens usavam um broche que pedia a volta dos reféns, sequestrados pelo Hamas, da Faixa de Gaza.
"Os terroristas estavam sentados comigo no mesmo vagão, um deles viu meu colar com os anéis olímpicos e sorriu para mim antes de sair. Eles estavam impecáveis; um deles usava um broche de reféns. Não havia suspeita, nada. De repente, aquele que carregava o rifle inseriu o carregador. Tirei os fones de ouvido, e quem estava sentada ao meu lado fez o mesmo. Não acreditávamos que estávamos realmente vendo isso", contou ela ao portal israelense Ynet.
A ginasta explicou que sua reação inicial foi 'congelar de medo'. "Não parei de tremer, fiquei pálida, não conseguia falar. As portas traseiras do trem abriram, mas eu congelei após alguns passos", lembrou.
Ela só fugiu do local após a chegada da polícia. "Isso aconteceu a 5 km da minha casa, corri como se um lobo faminto estivesse me perseguindo, sem parar. Não olhei para trás", finalizou.
Os suspeitos do ataque foram identificados como Mohammad Mesek, de 19 anos , que foi morto no local, e Ahmed Himouni, de 25, que ficou gravemente ferido. Horas após o ataque, o Hamas assumiu a autoria do atentado.
O tiroteio em Jaffa ocorreu minutos antes do ataque de mísseis iranianos contra Israel, após a intensificação dos bombardeios israelenses no Líbano, que já matou mais de 700 pessoas, incluindo o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.
Desde 7 de outubro do ano passado, os ataques israelenses na Faixa de Gaza já mataram mais de 42 mil palestinos, sendo 16 mil crianças. Do lado de Israel, o número de mortos permanece praticamente inalterado, com 1.200 vítimas fatais.