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Mundo

Medalhista olímpico russo é preso e pressionado a ir para guerra em troca de liberdade

Andrey Perlov é acusado de ter desviado dinheiro de clube de futebol

23 out 2024 - 12h07
(atualizado às 12h39)
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Andrey Perlov é medalhista olímpico de marcha atlética
Andrey Perlov é medalhista olímpico de marcha atlética
Foto: Novosibirsk Courts Administration

O campeão olímpico Andrey Perlov, de 62 anos, afirmou que está sendo pressionado pelo governo russo a integrar a linha de frente na guerra contra a Ucrânia em troca de liberdade. 

Perlov foi preso em março deste ano em sua casa na cidade de Novosirbirsk, na Sibéria, acusado de ter desviado R$ 3 milhões de rublos (aproximadamente R$ 178 mil na conversão direta) de um clube de futebol do qual ele era diretor. Tanto ele quanto a família negam as acusações. 

De acordo com informações da BBC, ele está detido há cerca de seis meses e está sendo coagido a lutar na guerra. Foi prometido a ele que, após seu retorno, o caso seria congelado e provavelmente arquivado com o fim do confronto.

Esta não é a primeira vez que o governo russo é acusado de recrutar prisioneiros para lutar na Ucrânia. Segundo as novas Leis russas, tanto a acusação quanto a defesa são obrigadas a informar criminosos de que eles têm a opção de lutar na guerra ao invés de enfrentarem um julgamento.

A nova legislação aprovada em março de 2024 mostra que, caso eles aceitem ir para a linha de frente do embate, acusações e quaisquer investigações serão congeladas. Desta forma, os casos serão completamente arquivados com o fim da guerra. 

Olga Romanova, diretora da ONG Russia Behind Bars, que fornece assistência jurídica aos prisioneiros, diz que estas novas regras viraram o sistema prisional da Rússia "de cabeça pra baixo": "O policial, agora, pode prender um homem por ele ter matado alguém. Ele o algema, mas o homem pode falar: 'Ah, espera, eu quero ir para a guerra'. Então, eles arquivam o caso".

O jovem Yaroslav Lipavsky, de 18 anos, aceitou a proposta do governo russo depois de ter sido acusado de causar "danos graves à saúde por um grupo de pessoas mediante acordo prévio". Sua namorada tinha acabado de descobrir que estava grávida, por isso, para evitar ser processo, ele se alistou no exército. Uma semana depois de ir para a guerra, ele morreu, sendo um dos soldados mais jovens a falecer no confronto.

Fonte: Redação Terra
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