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Médico de Trump fala nova onda covid-19 se EUA reabrir

Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, alertou sobre riscos de abertura; Trump incentiva a Estados a retomarem atividades

12 mai 2020 - 14h41
(atualizado às 14h42)
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WASHINGTON - Um dos principais especialistas em doenças infecciosas dos Estados Unidos, o médico Anthony Fauci alertou nesta terça-feira, 12, que uma redução da quarentena e das medidas de restrição de movimento nos EUA poderia levar a novos surtos do novo coronavírus. O país já é o mais afetado pela pandemia, com mais de 1,3 milhão de casos e 80 mil mortos.

26/04/2020
REUTERS/Jeenah Moon
26/04/2020 REUTERS/Jeenah Moon
Foto: Reuters

Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, disse em um painel do Senado dos EUA que os Estados devem seguir as recomendações de especialistas em saúde e esperar um número decrescente de novas infecções antes de reabrir. Mas o presidente Donald Trump vem incentivando os Estados a acabarem com semanas de fechamento dos principais setores de suas economias.

"Existe um risco real de desencadear um surto que talvez não sejamos capazes de controlar, não apenas levando a sofrimento e morte que poderiam ser evitados, mas também poderia atrasar o caminho para tentar obter recuperação econômica", disse ao Comitê de Saúde, Educação, Trabalho e Pensões do Senado.

O médico - que integra a força-tarefa de coronavírus de Trump - afirmou que os esforços para combater o vírus devem estar "focados nas práticas comprovadas de contenção de saúde pública e mitigação".

Os senadores democratas no comitê de saúde alertaram para os riscos de abrir a economia dos EUA muito cedo, enquanto os republicanos minimizaram essa possibilidade, dizendo que um bloqueio prolongado poderia ter sérios impactos negativos na saúde das pessoas e na economia.

Fauci, de 79 anos, deu as declarações remotamente em uma sala repleta de livros enquanto se isola após ter entrado em contato com um dos dois membros da equipe da Casa Branca que foram diagnosticados com covid-19. / Reuters

Estadão
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