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Médico diz que Trump "está muito bem", mas não fala em alta

Segundo Sean Conley, a febre diminuiu e o republicano não está recebendo oxigênio

3 out 2020 - 13h26
(atualizado às 14h04)
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"Essa manhã o presidente está se sentindo muito bem", afirmou o médico da Casa Branca Sean Conley na manhã deste sábado, 3, ao divulgar o estado de saúde de Donald Trump, internado desde a noite de sexta-feira no hospital militar Walter Reed. Conley se recusou a determinar uma data para a alta de Trump e disse que a internação "foi uma precaução".

Chegada de Trump ao Centro Médico Militar Nacional Walter Reed em Bethesda, Maryland
Chegada de Trump ao Centro Médico Militar Nacional Walter Reed em Bethesda, Maryland
Foto: Hannah Gaber-USA TODAY / Reuters

"Ainda não queremos falar em dia da alta porque a fase dois dessa doença (covid) pode vir acompanhada de um quadro inflamatório então temos que ter cuidado", afirmou o médico, na frente do Centro Médico e acompanhado pelo resto da equipe que cuida de Trump.

"A primeira-dama não tem indicações para uma internação, ela está muito bem", explicou Conley sobre Melania Trump, que também testou positivo para a covid-19 na sexta-feira, mas não foi internada como o marido.

A pergunta que ficou no ar foi se o presidente recebeu oxigênio em algum momento desde que começou a se sentir mal. "Ele não teve dificuldade de respirar, não está recebendo oxigênio nesse momento", afirmou Conley. Questionado por jornalistas sobre se Trump precisou de auxílio para respirar em algum momento, o médico apenas disse que desde a noite de sexta não.

Conley explicou que Trump teve febre, sem detalhar quanto, tosse e fadiga, mas que os sintomas estão diminuindo. "Nesse momento estamos muito felizes com o progresso de Trump, não vemos nenhuma complicação no momento", disse o médico da Casa Branca, explicando que desde a manhã da sexta-feira a febre vem diminuindo e neste sábado Trump não apresentou mais febre. 

O presidente, segundo a equipe médica, formada por 10 profissionais, está com as funções cardíaca e renal sendo monitoradas a todo tempo. "Nesse momento está com 96% de saturação. Estamos tomando os cuidados necessários". 

Origem da doença

Questionado sobre evidências de quando e como o presidente se contaminou com o novo coronavírus, Conley se recusou a comentar. "Não vou entrar nos detalhes".

Em nenhum momento foi passado pela equipe um quadro de saúde que preocupasse mais sobre algum risco de morte. "Ele ainda tem muito trabalho a fazer como chefe de Estado", afirmou o médico, que também não quis comentar sobre testes anteriores realizados pelo presidente.

Conley explicou que todos os médicos estão usando luvas, máscaras e tomando as medidas necessárias para não contraírem a doença ao cuidar de Trump.   

Estadão
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