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Médicos italianos entram na Justiça contra vacinação obrigatória

300 profissionais de saúde apresentaram recurso no norte do país

3 jul 2021 - 10h20
(atualizado às 11h56)
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Pelo menos 300 profissionais de saúde, incluindo médicos, de quatro cidades da região italiana da Lombardia apresentaram um recurso no Tribunal Administrativo Regional (TAR) de Brescia para pedir o cancelamento da obrigação de vacinação contra a Covid-19.

Protesto do movimento 'No Vax' na piazza Duomo, em Milão
Protesto do movimento 'No Vax' na piazza Duomo, em Milão
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Os operadores sanitários que se recusam a receber o imunizante contra o novo coronavírus Sars-CoV-2 são de Brescia, Cremona, Bergamo e Mântua. Uma audiência foi marcada para o próximo dia 14 de julho.

"Não é uma batalha [do movimento] 'No Vax', mas sim democrática. Aqui a pessoa é obrigada a correr um risco, caso contrário fica impedida de exercer a profissão", explica a advogada Daniele Granara que apresentou recurso contra as Agências de Tutela da Saúde (ATS) Bergamo, Brescia, Val Padana e Montagna.

O pedido foi interposto no último dia 22 de junho e divulgado neste sábado (3). Segundo relatado pela defesa dos profissionais de saúde no apelo de 52 páginas, a "Itália é o único país da União Europeia a prever a vacinação obrigatória para certas categorias de indivíduos para a prevenção da Sars-CoV-2".

No decreto do último 1º de abril, o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, tornou obrigatória a vacinação de médicos, enfermeiros, farmacêuticos e outros trabalhadores que mantenham contato com pacientes em unidades de saúde da iniciativa pública ou privada.

Em caso de descumprimento da medida, os profissionais podem ser suspensos de seus postos de trabalho até dezembro, além de ficarem sujeitos a corte de salário.

Ansa - Brasil
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