Médicos podem reduzir medicação de chefão da máfia italiana
Matteo Messina Denaro está em coma irreversível devido a tumor
Os médicos que cuidam do chefe da Cosa Nostra Matteo Messina Denaro, 61 anos, estudam reduzir a medicação do paciente, que entrou em coma irreversível no fim da semana passada devido a um tumor no cólon.
O ex-homem mais procurado da Itália está internado em um hospital de L'Aquila, no centro do país, entre a vida e a morte, mas ainda é incerto por quantos dias ele conseguirá resistir.
Quando Messina Denaro entrou em coma irreversível, na última sexta (22), os médicos acreditavam que ele não passaria daquela noite.
O chefão da Cosa Nostra já não recebe mais alimentação intravenosa, e os médicos podem reduzir sua medicação, tendo em vista que o testamento biológico do mafioso expressou sua contrariedade à persistência terapêutica quando não há mais chance de reversão do quadro.
Messina Denaro está internado desde 8 de agosto e é acompanhado no hospital pela filha Lorenza, pela irmã Giovanna e pela sobrinha Lorenza Guttadauro.
Quando a morte for confirmada, o mafioso deve ser sepultado no jazigo da família em Castelvetrano, na Sicília, após um funeral não religioso, vontade deixada por escrito pelo líder da Cosa Nostra.
"Recuso qualquer celebração religiosa porque são feitas por homens imundos que vivem no ódio e no pecado", diz um bilhete escrito por Messina Denaro e encontrado em seu covil em Campobello di Mazara.
O "boss" estava foragido desde 1993 e era tido como o "chefe dos chefes" da máfia siciliana, mas foi capturado em janeiro passado, em um hospital privado de Palermo onde faria quimioterapia. Desde então, cumpria pena de prisão perpétua em uma penitenciária de L'Aquila em regime de isolamento total.