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Medidas contra covid-19 na Europa encontram resistência

O Reino Unido, que tem o maior número de mortos oficiais na Europa pelo coronavírus, está lutando com mais de 20.000 novos casos por dia

2 nov 2020 - 10h44
(atualizado às 11h09)
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Uma onda de medidas para restringir o contágio pelo covid-19 gerou resistência em toda a Europa, com o político britânico de direita que ajudou a forçar um referendo sobre o Brexit aproveitando a ira popular com um novo lockdown para reformular seu Partido Brexit sob uma nova bandeira.

Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson
12/10/2020
REUTERS/Toby Melville
Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson 12/10/2020 REUTERS/Toby Melville
Foto: Reuters

O Reino Unido, que tem o maior número de mortos oficiais na Europa pelo coronavírus, está lutando com mais de 20.000 novos casos por dia e cientistas alertaram que o "pior cenário" de 80.000 mortos pode ser excedido.

Escalado por seus apoiadores como o padrinho do movimento para abandonar a União Europeia, o fundador do Partido Brexit, Nigel Farage, disse que o primeiro-ministro Boris Johnson aterrorizou o Reino Unido até a submissão ao coronavírus com um segundo lockdown.

"A questão mais urgente é a lamentável resposta do governo ao coronavírus", disseram Farage e o presidente do Partido Brexit, Richard Tice, em um artigo conjunto no The Daily Telegraph.

"Ministros perderam contato com uma nação dividida entre os apavorados e os furiosos. O debate sobre como responder ao Covid está se tornando ainda mais tóxico do que o do Brexit."

Em vez de um lockdown, Farage --que como chefe do Partido Brexit instigou oposição popular à imigração-- propôs mirar apenas aqueles que mais correm risco, como os doentes e os idosos, e disse que as pessoas comuns não deveriam ser criminalizadas por tentarem viver vidas normais, promovendo por exemplo encontros familiares para o Natal.

França, Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Holanda e outros países anunciaram novas restrições a movimento e aglomerações à medida que as infecções aumentam e hospitais e unidades de terapia intensiva ficam lotados.

Pequenos lojistas na França reclamaram de serem forçados a fechar enquanto os supermercados têm permissão para vender "bens não essenciais" como sapatos, roupas, produtos de beleza e flores porque também vendem alimentos.

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