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Meloni diz não ter vergonha de decisões tomadas no poder

Premiê da Itália deu entrevista ao jornal Corriere della Sera

3 jan 2025 - 08h30
(atualizado às 09h06)
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A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, disse que mantém todas as decisões que tomou desde que se tornou a primeira mulher chefe de governo do país, em 2022, porque "não se envergonha" de nenhuma.

    A declaração foi dada durante entrevista publicada nesta sexta-feira (3) no jornal italiano "Corriere della Sera".

    "Tudo pode ser aperfeiçoado, mas não tenho arrependimentos ou remorso porque nunca demos menos do que tudo nos últimos dois anos e meio", afirmou a líder do partido de direita Irmãos da Itália (FdI).

    Meloni destacou ainda que nunca tomou "uma decisão da qual deveria ter vergonha". "A cada passo, há sempre o risco de tropeçar, mas esse não é um bom motivo para ficar parado".

    Segundo a premiê, "os italianos nos pediram para governar a Itália em um momento extremamente complexo", portanto, ela sempre tentou se mover "seguindo uma bússola: o interesse nacional".

    Durante a entrevista, disse ainda que, sob sua administração, a Itália recuperou a confiança dos investidores internacionais e dos mercados financeiros e "o que alguns esperavam que fossem os pontos fracos deste governo se tornaram seus pontos fortes".

    "É claro que isso não significa que tudo está indo bem na Itália e que todos os problemas foram resolvidos. Mas houve uma mudança de direção. Dito isto, continuo convencida de que devemos, e podemos, sempre fazer mais e melhor", acrescentou.

    Meloni destacou também que um dos pontos fortes de seu governo "era sua capacidade de dialogar com todos", tendo em vista que, "ao longo destes dois anos, fortalecemos nossas alianças tradicionais, mas também abrimos canais de diálogo com parceiros com os quais falávamos pouco ou com os quais as relações eram menos intensas".

    "E este é um grande valor agregado, que permite à Itália diversificar sua posição geopolítica e geoeconômica", afirmou ela, lembrando da "nova parceria que estabelecemos com a Índia".

    De acordo com a primeira-ministra, "até alguns anos atrás, havia uma proibição de empresas italianas lá, agora nossas relações mudaram completamente, e isso está nos oferecendo grandes oportunidades em campos antes inexplorados, das interconexões econômicas ao desenvolvimento de biocombustíveis, por exemplo".

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Ansa - Brasil
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