Membros da ONU adotam pacto global imigratório, diz chanceler marroquino
A maioria dos países da Organização das Nações Unidas (ONU) adotou nesta segunda-feira um pacto global não vinculante para lidar melhor com os fluxos imigratórios, disse o ministro das Relações Exteriores do Marrocos, mas menos governos se comprometaram do que aqueles que trabalharam anteriormente na proposta.
O chanceler marroquino, Nasser Bourita, anunciou a decisão como anfitrião da conferência da ONU em Marrakesh. Não houve votação formal.
Todos os países-membros da ONU, exceto os Estados Unidos, finalizaram em julho o chamado Pacto Global para a Migração Segura, Ordenada e Regular para administrar melhor a imigração.
Desde então o texto sofreu ataques principalmente de políticos de direita da Europa, segundo os quais o pacto pode aumentar a imigração de nações africanas e árabes. Ao menos seis integrantes da União Europeia --a maioria do leste europeu outrora comunista-- rejeitaram o acordo.
Não ficou claro de imediato quantos países estavam presentes em Marrakesh. A ONU estimou o número de governos registrados na noite de domingo em mais de 150.
O pacto é um arcabouço para a cooperação e almeja diminuir a imigração ilegal, ajudar a integrar imigrantes e devolvê-los aos seus países de origem.
No domingo o Chile se tornou a nação mais recente a se desligar do acordo, e o primeiro-ministro belga, Charles Michel, viu o maior partido de sua coalizão romper por causa de uma discórdia a respeito do pacto.