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Menina afegã conta como quase foi forçada a se explodir pelo Talibã

8 jan 2014 - 09h54
(atualizado às 09h55)
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Spozhmy recebeu um colete suicida, que deveria ser detonado em frente a um posto policial
Spozhmy recebeu um colete suicida, que deveria ser detonado em frente a um posto policial
Foto: BBC News Brasil

Uma menina, que segundo as autoridades do Afeganistão teria 10 ou 11 anos, relatou como foi forçada a trabalhar para o Talibã, que tinha planos de usá-la em um atentado suicida.

A polícia afegã diz que o irmão da garota é um dos comandantes dos insurgentes. Ele teria dado à menina Spozhmy um colete suicida, que deveria ser detonado em frente a um posto policial.

Para levar o plano adiante, ela teria que nadar em um rio de água gelada à noite. A menina conseguiu convencer sua família de desistir da ideia. Mas ao chegar em casa, Spozhmy diz que apanhou do pai, fugiu e se entregou à polícia.

Depois de apanhar do pai, a menina fugiu e se entregou à polícia
Depois de apanhar do pai, a menina fugiu e se entregou à polícia
Foto: BBC News Brasil

Os casos de envolvimento de crianças em guerra não são raros. Mas seu uso como suicidas é menos comum, e ainda um tabu. No passado, militantes palestinos cooptaram crianças como suicidas.

Vistas como peças fáceis de manipular, elas também foram usadas pelo Talibã no Afeganistão e no Paquistão nos últimos anos.

A história de Spozhmy está sendo usada na guerra de palavras entre o governo afegão e os militantes.

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