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Menino da Guatemala se torna 2ª criança a morrer sob custódia dos EUA em dezembro

26 dez 2018 - 09h29
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Um menino de 8 anos da Guatemala morreu na manhã do dia de Natal após ser detido por agentes de fronteira dos Estados Unidos, informou a agência de Alfândega e Proteção de Fronteira norte-americana (CBP), confirmando o segundo caso em que uma criança imigrante morreu sob custódia dos EUA neste mês.

Familiares e amigos carregam caixão de Jakelin Caal, menina de 7 anos da Guatemala que morreu sob custódia dos Estados Unidos 25/12/2018 REUTERS/Carlos Barria
Familiares e amigos carregam caixão de Jakelin Caal, menina de 7 anos da Guatemala que morreu sob custódia dos Estados Unidos 25/12/2018 REUTERS/Carlos Barria
Foto: Reuters

O menino e seu pai estavam sob custódia da CBP na segunda-feira, quando um agente da Patrulha de Fronteira percebeu que a criança mostrava sinais de doença, disse a agência em comunicado. Os dois foram levados ao Centro Médico Regional Gerald Champion de Alamogordo, no Estado do Novo México, onde o menino foi diagnosticado com gripe e febre e acabou sendo liberado pela equipe médica.

Mas, na mesma noite, o menino começou a vomitar e foi levado de volta ao hospital, onde morreu na manhã de terça-feira, disse a CBP, acrescentando que a causa oficial da morte não é conhecida.

    O pai e o filho não foram identificados, e a agência disse que divulgará mais detalhes "quando disponíveis e adequados". Autoridades da Guatemala foram notificadas da morte, afirmou a CBP.

    A morte do menino acontece após o falecimento de Jakelin Caal, de 7 anos e também da Guatemala, no início de dezembro. A menina morreu após ser detida por agentes da fronteira dos EUA com o pai em uma parte remota do Novo México.

    Após a segunda morte, a CPB anunciou que está desenvolvendo diversas mudanças de diretrizes, reportou a rede CNN na manhã desta quarta-feira.

    A agência realizará exames médicos adicionais em todas as crianças sob sua custódia, com atenção especial para os menores de 10 anos, segundo a CNN. A CPB também trabalhará com a agência de Imigração e Alfândega para melhorar as opções de custódia, como no transporte a Centros Residenciais Familiares e na liberação supervisionada, e para trabalhar com agências não-governamentais em busca de abrigo.

    Autoridades da CPB não tinham comentário de imediato.

    O Ministério de Relações Exteriores da Guatemala disse que seu cônsul em Phoenix está tentando entrevistar o pai do menino, a quem prometeu dar toda a assistência consular e proteção necessária. Em comunicado, o ministério disse que também pediu relatórios médicos para esclarecer a causa da morte.

    Segundo a pasta, o menino e seu pai entraram nos Estados Unidos por El Paso, no Texas, no dia 18 de dezembro e foram transferidos a uma estação da Patrulha de Fronteira em 23 de dezembro.

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