Menor região da Itália estuda 'importar' enfermeiros do Brasil
Medida visa combater a escassez de trabalhadores da saúde em serviço sanitário público
A menor e menos populosa região da Itália estuda importar enfermeiros do Brasil para combater a escassez de trabalhadores da saúde em seu serviço sanitário público.
Roberto Barmasse, secretário de Saúde do Vale de Aosta, no extremo-norte do país, disse que a região precisa de pelo menos 116 médicos e 98 enfermeiros, além de dezenas de operadores sóciossanitários, fisioterapeutas, técnicos de laboratório, técnicos de radiologia e fonoaudiólogos.
Segundo ele, "dadas as dificuldades para recrutar pessoal" no próprio Vale de Aosta, o sistema regional de saúde avalia a possibilidade de contratar enfermeiros provenientes do Brasil.
Barmasse, no entanto, não deu maiores detalhes sobre o projeto.
Situado na tríplice fronteira com França e Suíça, o Vale de Aosta tem pouco mais de 100 mil habitantes e uma área de quase 3,3 mil quilômetros quadrados, o equivalente a dois municípios de São Paulo. Além do italiano, a região tem o francês como língua oficial.
Recentemente, outra região da Itália, a Calábria, no extremo-sul, anunciou um convênio para importar cerca de 500 médicos de Cuba para suprir as carências em seu sistema de saúde.