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Merkel tenta evitar crise por política de imigração

Chanceler alemã buscou encontrar um meio-termo com seus aliados da Baviera para evitar crise em coalização de governo

14 jun 2018 - 11h59
(atualizado às 12h16)
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Chanceler alemã, Angela Merkel tenta evitar crise em governo de coalizão
Chanceler alemã, Angela Merkel tenta evitar crise em governo de coalizão
Foto: Michele Tantussi / Reuters

A chanceler alemã, Angela Merkel, se esforçou nesta quinta-feira para encontrar um meio-termo em relação à política de imigração com seus aliados da Baviera, esperando evitar uma crise em sua coalizão de governo apenas três meses após assumir o poder. 

A autoridade de Merkel e o futuro de sua aliança estão em jogo, com os conservadores da Baviera e os sociais-democratas (SPD) em um momento onde as divisões na Europa chegaram ao ápice quando uma embarcação levando imigrantes teve sua entrada recusada na Itália

A disputa com o ministro do Interior, Horst Seehofer, e sua União Social Cristã da Baviera (CSU) acontece por conta de seu "Plano para Imigração", um plano de ação no qual ele quer mostrar eleitores uma nova linha dura antes de uma difícil eleição regional da Baviera em outubro. 

Não havia acordo imediato em vista após uma "reunião de crise" na noite de quinta-feira. Parlamentares da CSU e dos Democratas Cristãos de Merkel (CDU), que formam um bloco parlamentar, fizeram reuniões separadas, em um sinal do aprofundamento da disputa. 

O jornal Augsburger Allgemeine citou um parlamentar anônimo da CSU que disse que o partido da Baviera cogitava deixar o bloco parlamentar

Fontes dizem que muitos parlamentares da CDU haviam apoiado uma proposta de compromisso feita pela chanceler. No entanto, o ministro da Saúde do CDU e crítico de Merkel, Jens Spahn não apoiou completamente a ideia e pediu que os parlamentares fossem consultados, segundo informou a imprensa alemã, incluindo o Spiegel online. 

Merkel se opõe à parte do plano de Seehofer que permite que as autoridades alemãs rejeitem migrantes que cheguem à fronteira alemã, atraídos pela prosperidade e estabilidade do país, se eles já estiverem registrados em outros Estados da UE no sul. Isso representaria uma inversão de sua política de portas abertas para migrantes de 2015, que já foi reduzida. Ela argumenta que fazer isso poderia resultar em outros países seguindo o exemplo, e que uma solução europeia é a melhor abordagem.

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