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Mexicana é ameaçada após denunciar abuso sexual no Qatar

Paola Schietekat trabalhava em empresa responsável pelas obras da Copa de 2022 quando foi abusada e desacreditada pelas autoridades locais

21 fev 2022 - 14h41
(atualizado às 14h43)
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Uma mulher mexicana foi ameaçada com sete anos de prisão e 100 chibatadas após denunciar ter sido vítima de abuso sexual no Qatar. O caso aconteceu em junho de 2021 e acabou foi arquivado por falta de 'provas', pois não havia câmera apontando para a porta da casa da jovem que pudesse registrar a agressão, segundo informações da mídia internacinal.  

A economista e cientista Paola Schietekat, 27,  trabalhava para a Supreme Committee for Delivery and Legacy, entidade responsável por obras de estádios da Copa do Mundo de 2022, que será realizada na capital do país, Doha. Em junho do de 2020, um homem invadiu o seu apartamento e a estuprou, deixando-a com hematomas pelo corpo. 

Após a violência, Paola procurou ajuda médica e denunciou o crime para a autoridades locais com auxílio do consul mexicano no Qatar, Luis Ancona. Ela conta que assinou um depoimento e foi liberada. No entanto, foi chamada novamente pela polícia onde foi confrontanda pelas autoridades frente ao seu agressor.  

A economista e cientista Paola Schietekat, 27, foi vítima de abuso sexual no Qatar
A economista e cientista Paola Schietekat, 27, foi vítima de abuso sexual no Qatar
Foto: Reprodução/Twitter

"Foram três horas de interrogatório em árabe e, a certa altura, exigiram um teste de virgindade. Por alguma razão eu me tornei o acusado", contou a jovem.  Seu suposto agressor disse à polícia ambos tinham um relacionamento romântico. A polícia exigiu que ela entregasse seu telefone desbloqueado, de acordo com Schietekat o caso girava em torno da possibilidade de ambos terem um caso extraconjugal, que pode ser punido no Qatar com até sete anos de prisão e 100 chibatadas.

Segundo a Newsweek, o advogado de Paola lhe ofereceu uma solução simples para encerrar o caso: casar com o agressor. Mas com a ajuda do comitê organizador da Copa do Mundo, ela conseguiu deixar o país. "Eu nunca respirei com mais alívio do que quando meu passaporte foi carimbado", disse a jovem que revela ainda sofrer ameaças. 

Fonte: Redação Terra
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