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México fica perto de superar Reino Unido com 3º maior número de mortes por Covid-19

31 jul 2020 - 20h37
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O México está prestes a superar o Reino Unido como país com o terceiro maior número de mortes por coronavírus, ao mesmo tempo em que a pandemia atinge novos marcos na América Latina e ameaça interromper os esforços para reabrir a economia.

Presidente do México, Andres Manuel Lopez Obrador. 27/7/2020. REUTERS/Henry Romero
Presidente do México, Andres Manuel Lopez Obrador. 27/7/2020. REUTERS/Henry Romero
Foto: Reuters

O recorde indesejado colocará o México atrás do Brasil, maior e mais populoso país da América Latina, e dos Estados Unidos. Mais de 91 mil pessoas morreram no Brasil e o número de mortos nos EUA ultrapassou 152 mil.

O México registrou na quinta-feira 639 mais mortes, elevando o número de vítimas para 46 mil, com 416.179 casos confirmados. O Reino Unido tem 46.084 mortes e 303.913 casos, de acordo com uma contagem da Universidade Johns Hopkins.

Autoridades mexicanas dizem que a pandemia é provavelmente muito mais extensa do que os números oficiais refletem.

Os números crescentes consolidam o status da América Latina como um dos epicentros do vírus, com os casos na região dobrando ao longo do último mês para mais de 4,7 milhões de infecções.

A Colômbia, onde o isolamento está planejado até o fim de agosto, atingiu a marca de 10.105 mortes nesta sexta-feira. O país deve atingir 300 mil casos no final de semana.

Embora o Reino Unido tenha aparentemente brecado o vírus, a pandemia mostra poucos sinais de desaceleração no México, que tenta retomar a economia desde o fim de maio.

"Estamos abrindo quando ainda não estamos prontos para abrir", disse Rosa Maria del Angel, chefe de Patogênese Molecular do Instituto Politécnico Nacional do México.

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, que enfureceu alguns defensores da saúde por se recusar a usar máscara em público, disse que o México planeja seguir em frente com as comemorações do Dia da Independência.

"Diante das adversidades, das epidemias, das inundações, dos terremotos, dos maus governos, sempre saímos (para comemorar)", afirmou. "Agora vamos continuar saindo."

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