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Miguel Díaz-Canel promete defender legado de família Castro

Novo presidente de Cuba fez declaração em seu 1º discurso

19 abr 2018 - 13h44
(atualizado às 14h03)
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Novo presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel 11/03/2018 REUTERS/Alejandro Ernesto/Pool
Novo presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel 11/03/2018 REUTERS/Alejandro Ernesto/Pool
Foto: Reuters

Em um dia histórico, o novo presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, iniciou seu mandato hoje(19) com a promessa de "continuidade" da Revolução e encerrou seu discurso de posse com o emblemático slogan "Pátria ou Morte, Socialismo ou Morte" que sempre foi proclamado pela "geração histórica".

"Tudo o que pudermos fazer para promover o modelo de atualização econômica", iniciado pelo governo de Raúl Castro em 2008, com algumas reformas será feito, afirmou Díaz-Canel.

Em sua primeira declaração após ser eleito presidente com 99,83% dos votos dos deputados, Díaz-Canel anunciou que Raúl continuará na liderança do Partido Comunista.

O novo presidente ainda destacou a "unidade política do país" e pediu para adiar o anúncio dos membros do Conselho de Ministros, que também se dirige para a próxima sessão parlamentar.

Díaz-Canel explicou que durante seu mandato priorizará uma "ligação sistemática com a população" e analisará "as questões que dizem respeito à sociedade cubana como um todo e ao cotidiano dos cubanos". Além disso, o mandatário pediu um "amplo e sincero debate" sobre o assunto.

"O mandato que o povo deu a esta legislatura foi para dar continuidade à revolução em um momento histórico crucial", ressaltou.

No discurso, ele também defendeu a necessidade de modernizar a economia da ilha, enfatizando que seu governo vai imprimir esse processo que expandiu um setor privado limitado a um número de serviços, a máxima defendida por seu antecessor, para avançar "sem pressa, mas sem pausa".

Díaz-Canel mencionou as crescentes ameaças internacionais e uma ordem econômica mundial injusta e excludente e esclareceu que, nesse sentido, o seu governo "não negociará princípios nem fará concessões" ao que chama de "inimigo imperialista".

"Não vou prometer nada, apenas o trabalho intenso e abnegado de cada dia", acrescentou.

Por fim, o sucessor de Raúl descartou uma "restauração capitalista" e anunciou "o aperfeiçoamento do socialismo".

Raúl Castro acompanhou o discurso da primeira fila e disse que no momento adequado Díaz-Canel também poderá assumir seu posto de primeiro-secretário do Partido Comunista cubano.

Como era o mundo no último ano em que algum Castro não estava na presidência de Cuba:
Ansa - Brasil
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