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Milhares de pessoas ficam isoladas por enchentes no Malauí

16 jan 2015 - 19h26
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NSANJE, Malauí (Thomson Reuters Foundation) - Milhares de pessoas continuam sem ajuda e isoladas pelas enchentes que atingem o sul do Malauí, enquanto um "lento tsunami" continua a impedir os esforços de resgate liderados pelo Exército do país.

Chuvas fortes e enchentes mataram 176 pessoas e forçaram o deslocamento de outras 110 mil, disse o vice-presidente, Saulos Chilima, após visitar as regiões mais atingidas no país do sul da África.

"Os esforços para resgatar milhares de pessoas estão se tornando difíceis por causa do mau tempo e muitas estradas estão cada vez mais inacessíveis porque a água levou pontes ou simplesmente porque há muita chuva", disse Chilima a repórteres nesta sexta-feira.

O país sem litoral é uma das nações mais pobres do mundo, com uma população de 16 milhões de pessoas. Metade do país foi declarada zona de desastre após chuvas torrenciais varrerem plantações, pontes e estradas.

Até 20 mil pessoas no extremo sul do Malauí estão sem comida, atendimento médico ou água potável, disse a organização de ajuda humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) num comunicado divulgado nesta sexta-feira, com helicópteros sendo o único meio de se levar assistência à região.

"As enchentes estão se comportando como um lento tsunami, com o rio subindo progressivamente com sua corrente em direção ao sul e a Moçambique", disse o chefe da missão da MSF no Malauí, Amaury Grégoire, referindo-se ao rio Shire, o maior do país.

O Programa Alimentar Mundial da Organização das Nações Unidas (PAM), uma das várias agências de ajuda humanitária que presta assistência no país, disse que 110 mil pessoas foram deslocadas de suas casas, número superior às 70 mil estimadas pelo governo mais cedo nesta semana.

A agência está transportando via aérea mais de 100 toneladas de biscoitos energéticos para atender às necessidades imediatas dos afetados.

O serviço meteorológico alertou sobre mais pancadas de chuva e enchentes repentinas no país pelas próximas duas ou três semanas.

(Reportagem de Mabvuto Banda)

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