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Ministro da Educação da Sérvia renuncia após tiroteio com 9 mortos em escola

Após os incidentes, o governo decretou medidas para prevenir a violência nas escolas.

8 mai 2023 - 10h00
(atualizado às 10h09)
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O ministro da Educação da Sérvia, Branko Ruzic, renunciou neste domingo (07) em razão do tiroteio ocorrido na semana passada em uma escola primária onde oito crianças e um segurança foram mortos; é o segundo caso na mesma semana.

Partidos de oposição exigiram a demissão do ministro da Educação e convocaram a população para um grande protesto na capital Belgrado Crédito
Partidos de oposição exigiram a demissão do ministro da Educação e convocaram a população para um grande protesto na capital Belgrado Crédito
Foto: Anadolu Agency/Getty Images / Perfil Brasil

A população da Sérvia está atônita e também de luto pela ocorrência dos dois tiroteios: o massacre em uma escola na capital Belgrado, nesta quarta-feira (03), e um ataque fora da cidade um dia depois, na quinta-feira (04), no qual nove pessoas morreram. Os suspeitos em ambos os casos,  um menino de 13 anos e um homem de 20 anos respectivamente, estão sob custódia das autoridades policiais.

Os partidos da oposição, que responsabilizam a primeira-ministra Ana Brnabic por não ter evitado os dois ataques violentos, convocaram seus apoiadores e simpatizantes para participar de uma marcha contra o governo, que deve ocorrer na noite deesta segunda-feira (08) em Belgrado. Eles exigiram a renúncia de Ruzic.

"Como um homem responsável e bem-educado, como profissional cumprindo todos os deveres públicos até agora, como pai e cidadão da Sérvia, tomei a decisão racional de renunciar", disse o ministro Ruzic em sua carta de demissão a Brnabic.

Após os tiroteios, o governo introduziu uma série de medidas na semana passada com o objetivo de prevenir e coibir a violência nas escolas e reduzir o número de armas em posse de civis.

A Sérvia tem uma cultura de armas muito tradicional, especialmente nas áreas rurais, mas suas leis de controle de  eram bastante rígidas mesmo antes dos últimos tiroteios.

O país e o restante dos Bálcãs Ocidentais estão repletos de armas e munições de nível militar que permaneceram em mãos privadas após as guerras da década de 1990. Estes conflitos fragmentaram a antiga Iugoslávia em sete novos países: Eslovênia, Croácia, Bósnia-Herzegovina, Sérvia, Montenegro, Macedônia; e Kosovo, que ainda não possui o reconhecimento de todos os membros da Organização das Nações Unidas (ONU).

Perfil Brasil
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