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Ministro da Saúde do Chile espera que vitória de Biden ajude a evitar "guerra comercial" por vacinas

13 nov 2020 - 19h21
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A vitória de Joe Biden nas eleições norte-americanas está aumentando as esperanças na América Latina de que não se repetirá com as vacinas da Covid-19 uma guerra comercial como a vista por suprimentos médicos no início da pandemia, disse o ministro da Saúde do Chile, Enrique Paris, à Reuters, nesta sexta-feira.

Ministro da Saúde do Chile, Enrique Paris, em entrevista à Reuters
13/11/2020
REUTERS/Esteban Medel
Ministro da Saúde do Chile, Enrique Paris, em entrevista à Reuters 13/11/2020 REUTERS/Esteban Medel
Foto: Reuters

Paris disse acreditar que a liderança de Biden permitirá que os países apresentem uma frente mais unida contra a pandemia, evitando as disputas comerciais de países como os Estados Unidos para garantir ventiladores, máscaras e equipamentos de proteção individual, como as que ocorreram no início deste ano.

"Houve uma guerra comercial em que aqueles que podiam pagar mais ganharam mais e aqueles que podiam retirar coisas ou mesmo romper as cadeias de distribuição o fizeram", disse Paris à Reuters em entrevista em seu gabinete no centro de Santiago.

Ele afirmou que o Chile precisou fretar ou enviar aviões militares para buscar suprimentos e manter os planos de voo em segredo.

"Foi horrível e espero que não volte a acontecer", disse Paris. "Acredito que o sr. Biden tem outra visão do que é diplomacia e compreensão global entre os países."

Apesar das "notícias muito boas" desta semana da Pfizer de que sua vacina provou ser mais de 90% eficaz em testes em estágio final, Paris disse que a América Latina --que liderou as contagens globais de casos novos da Covid e de mortes durante vários meses até agosto-- deve se preparar para uma segunda onda como a que está assolando a Europa.

"Não devemos pensar que estamos em uma zona de estabilidade", disse ele. "Não devemos baixar a guarda."

O Chile se registrou para receber 7,6 milhões de doses de uma vacina contra a Covid-19 por meio do programa de distribuição global de vacinas Covax, co-liderado pela Aliança Global de Vacinação (Gavi, na sigla em inglês) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

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