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Ministro de extrema-direita pede soberania israelense na Cisjordânia em 2025

11 nov 2024 - 14h11
(atualizado às 14h14)
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O ministro das Finanças de Israel, de extrema-direita, afirmou nesta segunda-feira esperar que Israel estenda sua soberania à Cisjordânia ocupada em 2025 e que vai pressionar o governo a envolver o novo governo Trump para obter o apoio de Washington.

O ministro das Relações Exteriores de Israel disse separadamente que, embora nenhuma decisão tenha sido tomada, a questão pode surgir em conversas com o futuro governo dos EUA em Washington.

O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, que também exerce função de supervisão do Ministério da Defesa para os colonos como parte de seu acordo de coalizão com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, disse ter a expectativa de que o próximo governo Trump em Washington reconheça uma investida pela soberania israelense.

Há anos Smotrich pede a soberania israelense na Cisjordânia, terra que palestinos demandam para um futuro Estado.

Em uma reunião de sua facção de extrema-direita no Parlamento, nesta segunda-feira, Smotrich disse ter instruído as autoridades israelenses que supervisionam os assentamentos da Cisjordânia "a iniciarem um trabalho profissional e abrangente da equipe para preparar a infraestrutura necessária" para estender a soberania, de acordo com uma declaração de seu gabinete.

Ele também disse que pressionaria o governo israelense a envolver o novo governo Trump para o reconhecimento dessa medida.

O ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, disse que, embora os líderes do movimento de colonos estejam confiantes de que o novo governo de Donald Trump possa estar inclinado a apoiar tais medidas, ainda não há definição.

"Ainda não foi tomada uma decisão sobre a questão", disse Saar em coletiva de imprensa em Jerusalém.

"A última vez que discutimos essa questão foi no primeiro mandato do presidente Trump", disse ele. "E, portanto, digamos que, se for relevante, será discutido novamente também com nossos amigos em Washington."

Há décadas, os Estados Unidos apoiam uma solução de dois Estados entre israelenses e os palestinos e pedem que Israel não expanda os assentamentos.

A Cisjordânia está entre os territórios capturados por Israel na guerra de 1967 no Oriente Médio e onde palestinos, com apoio internacional, buscam a condição de Estado. A maioria das potências mundiais considera os assentamentos ilegais. Israel contesta isso, citando reivindicações históricas sobre a Cisjordânia e descrevendo-a como um pilar de sua segurança.

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