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Ministro venezuelano acusa Bolsonaro após morte de soldado

Grupo saqueou armas e assassinou militar na Venezuela, de acordo com autoridades; Jorge Rodríguez fala em ajuda do presidente brasileiro

23 dez 2019 - 19h05
(atualizado às 20h26)
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Um grupo de agressores atacou uma unidade militar no sul da Venezuela neste domingo (22), roubando armas e matando um soldado, informaram autoridades do país. O ministro da Informação venezuelano, Jorge Rodríguez, disse que os autores do ataque receberam ajuda do presidente Jair Bolsonaro, o que foi negado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

Pessoas seguram bandeira da Venezuela. 14/9/2019. REUTERS/Ivan Alvarado
Pessoas seguram bandeira da Venezuela. 14/9/2019. REUTERS/Ivan Alvarado
Foto: Reuters

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, afirmou que a polícia e as Forças Armadas recuperaram todas as armas roubadas e prenderam alguns suspeitos. Ele culpou "setores extremistas da oposição" pelo ataque, sem citar qualquer indivíduo.

Rodríguez, por sua vez, disse que seis pessoas foram presas em relação ao ataque no Estado de Bolívar, perto da fronteira com o Brasil. Ele acrescentou que os agressores foram treinados em "campos paramilitares na Colômbia" e receberam assistência de Bolsonaro.

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, descreveu o grupo de agressores como "mercenários" sediados no Peru, e o ataque como parte de uma estratégia regional para desestabilizar o país.

Rodríguez e Arreaza não forneceram evidências das acusações que fizeram.

Indagado sobre as acusações, o Itamaraty afirmou que: "o Brasil nega qualquer envolvimento no episódio".

O ministro das Relações Exteriores do Peru, Gustavo Meza-Cuadra, disse em um tuíte que rejeita "as declarações falsas" de Arreaza e que o Peru segue comprometido em encontrar uma "solução pacífica" para a crise venezuelana.

O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia não comentou o caso imediatamente.

Brasil, Peru e Colômbia reconheceram o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, como líder legítimo do país, assim como os Estados Unidos e a maioria das democracias ocidentais.

A Venezuela, cuja economia entrou em colapso sob o governo de Nicolás Maduro, está em uma profunda crise política. Em janeiro, Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, comandada pela oposição, evocou a Constituição do país para se declarar presidente e encorajou os militares a apoiá-lo.

Guaidó argumenta que Maduro é presidente ilegítimo porque sua reeleição em 2018 foi uma farsa. Um porta-voz de Guaidó não comentou imediatamente o ataque de domingo.

Maduro afirma que Guaidó é uma marionete dos EUA que busca depô-lo em um golpe. Ele manteve o controle sobre o território e sobre as Forças Armadas venezuelanas.

O vasto e remoto Estado de Bolívar tem sido cenário de confrontos violentos entre forças do governo e mineradores informais nos últimos anos.

Em fevereiro, durante uma tentativa liderada por Guaidó de trazer ajuda humanitária pela fronteira, houve confrontos com mortes entre tropas e indígenas na região.

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