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Mísseis contra base militar e declaração da China: entenda o 18° dia da Guerra da Ucrânia

Jornalista norte-americano foi morto perto de Kiev. Moscou e Berlim têm protestos contra a guerra.

13 mar 2022 - 20h14
(atualizado em 14/3/2022 às 06h47)
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Ferido em ataque com mísseis contra base militar ucraniana
Ferido em ataque com mísseis contra base militar ucraniana
Foto: Dan Kitwood/Getty Images / BBC News Brasil

O domingo (13/3) teve um dos mais significativos ataques dentro dos 18 dias da invasão russa à Ucrânia. Mísseis atingiram uma base militar no oeste do país, a apenas 10 km da fronteira com a Polônia, membro da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar ocidental).

A Ucrânia afirma que até 30 mísseis foram disparados contra o Centro Internacional para Manutenção da Paz e Segurança (IPSC, na sigla em inglês) de Yavoriv, na região de Lviv.

As autoridades do país dizem que ao menos 35 pessoas morreram e 134 ficaram feridas.

O governo russo informou números distintos e declarou que a ofensiva matou "até 180 mercenários estrangeiros".

Veja abaixo outros acontecimentos no 18° dia da Guerra da Ucrânia:

Posicionamento da China

Dois jornais, o britânico Financial Times e o norte-americano New York Times, veicularam reportagens sobre um pedido da Rússia de ajuda militar e econômica por parte da China na invasão à Ucrânia.

O porta-voz da embaixada chinesa em Washington, Liu Pengyu, afirmou que "nunca ouviu isso" e declarou que Pequim está concentrada em não deixar que o conflito saia de controle.

"A maior prioridade agora é evitar que essa tensa situação piore ainda mais ou saia de controle. A China tem permanecida neutra na guerra e não condenou os ataques russos.

A reportagem do Financial Times diz que há indícios de que os chineses estejam dispostos a cooperar com a Rússia.

Morte de jornalista

O jornalista norte-americano Brent Renaud, de 50 anos, foi morto a tiros na cidade de Irpin, nos arredores da capital Kiev.

Renaud era um premiado jornalista e cineasta que já havia trabalhado para o jornal americano New York Times.

O chefe da polícia de Kiev, Andriy Nebytov, disse que o repórter foi alvo de soldados russos. Dois outros jornalistas ficaram feridos e foram levados ao hospital.

É a primeira morte de um jornalista estrangeiro desde o início da guerra na Ucrânia.

Protestos na Rússia e na Europa

Mulher é detida em protesto em frente ao Kremlin, em Moscou
Mulher é detida em protesto em frente ao Kremlin, em Moscou
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Atos contra a Guerra da Ucrânia em 37 cidades russas neste domingo acabaram com 817 pessoas presas, segundo a organização OVD-Info, que monitora detenções em protestos na Rússia.

Governo russo tem aumentado o cerco à oposição feita contra o conflito. Só em Moscou foram 300 os detidos.

Já em Berlim, uma manifestação contra a guerra no centro da capital alemã chegou a reunir cerca de 30 mil pessoas.

Protesto em Berlim neste domingo (13/3) contra a guerra
Protesto em Berlim neste domingo (13/3) contra a guerra
Foto: Hannibal Hanschke/Getty Images / BBC News Brasil

Chernobyl com energia de novo

A energia foi restaurada na usina nuclear de Chernobyl. Apesar de desativada, equipamentos de monitoramento dos níveis de radiação dependem de eletricidade. Havia risco de vazamento já que o local ainda tem elementos radioativos após o pior acidente nuclear da história.

Forças russas tomaram o controle da usina já no primeiro dia da invasão. Ainda há preocupação sobre o trabalho dos funcionários que agora estão sob ordem de autoridades da Rússia.

Segundo a BBC apurou, a atmosfera é calma dentro de Chernobyl, mas comida e remédios estão limitados.

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