Mortes por coronavírus nos EUA passam de 42 mil enquanto manifestantes pedem fim de restrições
As mortes por coronavírus nos Estados Unidos superaram 42 mil na segunda-feira, de acordo com uma conta da Reuters, enquanto autoridades imploravam por paciência até que mais testes sejam disponibilizados.
As medidas de isolamento social, que segundo especialistas são essenciais para conter a propagação do vírus, congelaram a economia e forçaram mais de 22 milhões de pessoas a se inscreverem para benefícios de auxílio desemprego no último mês.
Os Estados Unidos tem de longe o maior número de casos confirmados do coronavírus, com mais de 774 mil infecções, tendo subido 20 mil nesta segunda-feira, mesmo antes de vários estados reportarem seus números. Os novos casos reportados no país parecem estar desacelerando dos 30 mil por dia registrados na semana passada.
O estado de Montana pela primeira vez não registrou novos casos nesta segunda depois de processar 153 testes nas últimas 24 horas, de acordo com o website do governo do estado.
O número de mortos nos últimos dias também desacelerou, crescendo para cerca de 1500 até então na segunda-feira, em comparação com 2 mil por dia na maior parte da semana passada. Os Estados Unidos tiveram um recorde de 2.806 mortes registradas num único dia na quarta-feira.
Pontos críticos estão aparecendo, entretanto, em Chicago, Boston e Filadélfia. O estado de Connecticut registrou um aumento recorde no número de casos e mortes enquanto revisou sua conta devido a novas classificações do Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC). O órgão aconselhou os estados a contarem casos e mortes prováveis, mas ainda não testados.
Muitos manifestantes exigem o fim dos lockdowns obrigatórios e expressam cinismo e ceticismo em relação aos especialistas de Saúde e sobre a real escala da pandemia, acusando autoridades de exagerarem ao tomar ações que causaram mais prejuízos do que o próprio vírus causaria.
Especialistas de Saúde e parlamentares nas linhas de frente da batalha para conter a epidemia já alertaram que o país poderia enfrentar uma segunda onda ainda mais mortal de infecções com o término prematuro das ordens de isolamento.