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Muçulmanos rohingyas relatam mais violência e perseguição em Mianmar, dizem investigadores da ONU

19 jul 2018 - 16h19
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Refugiados muçulmanos rohingyas que chegam a Bangladesh dizem que violência, incluindo torturas, persiste contra eles em Mianmar e que o clima geral permanece "ameaçador" para minorias étnicas e religiosas, disseram nesta quinta-feira investigadores de direitos humanos da Organização das Nações Unidas.

Refugiados rohingyas em acampamento de Kutupalong em Cox’s Bazar
 3/7/2018    REUTERS/Mohammad Ponir Hossain
Refugiados rohingyas em acampamento de Kutupalong em Cox’s Bazar 3/7/2018 REUTERS/Mohammad Ponir Hossain
Foto: Reuters

Membros da Missão Independente Internacional para Descoberta de Fatos em Mianmar encerraram uma visita de cinco dias ao acampamento de refugiados de Kutupalong, em Cox's Bazar, onde entrevistaram recém-chegados entre os mais de 700 mil rohingyas que fugiram do Estado de Rakhine desde uma repressão militar em agosto.

"Eles se referiram às claras ameaças que enfrentaram de violência e perseguição, sendo cortados de suas fontes de subsistência, e o clima geral ameaçador que no final fez com que fugissem para Bangladesh", disseram os investigadores em comunicado, acrescentando que a chegada de novos refugiados reflete a "contínua gravidade de violações de direitos humanos em Mianmar".

Não houve reação imediata de autoridades em Mianmar, onde é feriado. Anteriormente, eles negaram amplos abusos.

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