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Mulher de atirador sabia do atentado e poderá ser acusada pela polícia

15 jun 2016 - 06h50
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Tiroteio em boate de Orlando, nos Estados Unidos, deixa mortos e feridos ()
Tiroteio em boate de Orlando, nos Estados Unidos, deixa mortos e feridos ()
Foto: Agência Brasil

A mulher de Omar Mateen, o atirador que matou 49 pessoas e feriu mais de 50 na boate Pulse, em Orlando, na Flórida, sabia dos planos do marido para o ataque. Por isso, a mulher - Noor Salman - poderá ser acusada em breve de participação no massacre de Orlando, o maior atentado a tiro da história moderna dos Estados Unidos.

A notícia sobre o indiciamento formal de Noor Salman foi divulgada pela agência de notícias Reuters, que atribuiu a informação a fontes da polícia. A boate é um local de entretenimento destinado ao público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros).

O massacre ocorreu na madrugada do último domingo (12). Omar Mateen foi morto a tiros pela polícia depois de permanecer três horas no clube. Antes de atirar, Mateen ligou para o serviço de atendimento ao público da polícia e disse que tinha lealdade ao Estado Islâmico e a outros grupos militantes muçulmanos.

Em entrevista à rede de televisão CNN, o senador norte-americano Angus King, integrante do Comitê de Inteligência do Senado, disse que recebeu informações sobre as investigações a respeito do massacre, que confirmam o envolvimento de Noor Salman. "Parece que ela tinha algum conhecimento do que estava acontecendo", afirmou.

O senador acrescentou que Noor Salman está cooperando com as investigações e poderá fornecer informações importantes sobre o atentado.

Até agora, as investigações mostram que Omar Mateen era uma pessoa que se orientava por informações que colhia na internet. Não há evidências de que tenha recebido instruções de grupos do exterior como, por exemplo, o Estado Islâmico. O atirador tinha 29 anos, era cidadão norte-americano e os pais são imigrantes afegãos.

Em entrevista, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, descreveu Omar Mateen como um jovem perturbado, que se transformou nos últimos anos em um homem "irritado, instável e radicalizado".

A polícia também está investigando as informações, recebidas de várias fontes, de que Omar Mateen seria um frequentador habitual de clubes gays, inclusive da boate Pulse. As informações das fontes, publicadas na imprensa norte-americana, dizem que Mateen tinha interesse em acessar sites de namoro gay na internet.

Número de mortos

Ontem (14), em entrevista, médicos do Hospital Orlando Health, centro de saúde que recebeu as primeiras vítimas do ataque, disseram que o número de mortos em decorrência da tragédia pode aumentar. No domingo, a polícia tinha informado que o número de pessoas que morreram no atentado na boate Pulse era 50. No dia seguinte, a polícia corrigiu essa informação e o número de mortos passou a ser 49.

Segundo o médico Michael Cheatham, dos 44 pacientes que deram entrada no hospital, em razão do tiroteio, 27 ainda estão recebendo cuidados. E desses, seis estão "gravemente doentes". Cheatham disse que ficaria surpreso se o número de mortos não subir.

Agência Brasil Agência Brasil
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