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Mulher que ficou 43 anos presa injustamente ganha liberdade nos EUA

Sandra Hemme cumpriu todo esse tempo por um assassinatato que não cometeu

20 jul 2024 - 18h18
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Sandra Hemme foi presa depois de ter confessado o crime sob condições não confiáveis.
Sandra Hemme foi presa depois de ter confessado o crime sob condições não confiáveis.
Foto: Reprodução/CNN

Sandra Hemme, uma mulher de 64 anos que ficou presa injustamente por 43 anos, foi solta na sexta-feira, 19, nos Estados Unidos. Hemme estava cumprindo pena de prisão perpétua pela morte de Patricia Jeschke, funcionária de uma biblioteca, em 1980. As informações são da agência de notícias Associated Press.

A pena foi mantida ao longo de todos esses anos apesar de a Justiça não ter encontrado testemunhas nem uma possível motivação que a ligasse ao crime. Em 14 de junho deste ano, um juiz decidiu que os advogados apresentaram provas claras e convincentes da inocência da acusada.

Ao sair da prisão, ela se reencontrou com a família, uma irmã, filha e a neta. "Você era apenas um bebê quando sua mãe me enviou uma foto sua", disse ela à neta. "Você parecia exatamente como sua mãe quando era pequena e ainda parece com ela.

Sandra cumpria uma sentença de prisão perpétua no Centro Correcional de Chillicothe. "Foi muito fácil condenar uma pessoa inocente e muito mais difícil do que deveria ser para libertá-la", disse o advogado de Hemme, Sean O'Brien. "Não deveria ser tão difícil libertar uma pessoa inocente”, acrescentou.

Prisão 

Hemme foi presa depois de ter confessado o crime sob condições não confiáveis. Na época, ela prestou depoimento à polícia enquanto fazia tratamento em um hospital psiquiátrico e era forçada a tomar medicamentos que alteravam o seu juízo mental e senso de autonomia.

"A única prova que ligava Hemme ao crime eram suas próprias declarações inconsistentes e desmentidas, declarações que foram feitas enquanto ela estava em crise psiquiátrica e com dores físicas", escreveu o juiz Ryan Horsman na decisão que o libertou.

O magistrado também destacou que as evidências que implicavam o policial eram tão significativas que “seria difícil imaginar que o Estado pudesse provar a culpa de Hemme além de uma dúvida razoável com base no peso das provas agora disponíveis que ligam [o policial] Holman a essa vítima e ao crime e excluem Hemme”.

A libertação sofreu resistência do procurador-geral do Missouri, Andrew Bailey, que buscou mantê-la na prisão. O juiz chegou a ameaçá-lo, afirmando que se ela não fosse solta até a próxima terça-feira, seu escritório seria processado por desacato.

Fonte: Redação Terra
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