Mulher relata dificuldades da família para deixar o Líbano após morte de sobrinha brasileira
Mirna Raef Nasser, de 16 anos, foi morta em bombardeio israelense e encontrada abraçada ao pai
A família da catarinense Mirna Raef Nasser, de 16 anos, morta em um bombardeio de Israel e encontrada abraçada ao pai, vive dias de tensão na tentativa de deixar o Líbano para buscar refúgio no Brasil.
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Ao g1 de Santa Catarina, Solange Barbieri, tia da garota, relatou como têm sido os últimos dias da mãe e dos três irmãos da adolescente. Solange é casada com Ali Bu Khaled, irmão de Raef Hussein Nasser, que morreu ao lado da filha.
“Todo dia eles estão em um lugar diferente porque eles estão fugindo. Dormem debaixo de viaduto, dormem na mesquita, dormem na escola para tentar fugir. Eles querem vir o mais rápido possível. Não tem onde eles ficarem”, contou ao portal.
Segundo a tia de Mirna, Ikram Yassine, a mãe de Mirna, e os filhos mais novos não conseguem mais continuar no país: “Eles não têm condições de ficar no Líbano, eles não têm. Eles não têm nem casa para morar, está destruído”.
Embora Mirna tenha nascido em Balneário Camboriú (SC) e mudado para o país árabe com 1 ano e 2 meses, a mãe e os irmãos dela são libaneses.
Nesta terça-feira, 1º, o Itamaraty anunciou que um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) partirá na quarta-feira, 2, rumo ao Líbano para repatriar um grupo de brasileiros presos no país em decorrência da escalada de violência do governo de Israel.
A expectativa é que 220 brasileiros sejam repatriados neste primeiro voo. Segundo as autoridades, ao menos 3 mil cidadãos brasileiros, dos 21 mil que vivem no país árabe, pediram ajuda para deixar a região.
A tripulação será composta, além dos tripulantes operacionais da aeronave, por militares da área de saúde (médico, enfermeiro, psicólogo).