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Mulher sobrevive após cair 1.200 metros por falha em paraquedas após sabotagem do ex-marido

Victoria Cilliers foi resgatada e sobreviveu devido a fatores como solo macio, peso corporal e posição do impacto

26 mar 2025 - 11h51
(atualizado às 12h49)
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Resumo
Victoria Cilliers, instrutora do Exército Britânico, sobreviveu a um salto de paraquedas sabotado em 2015; as investigações revelaram uma tentativa de homicídio planejada por seu marido, Emile Cilliers, que foi condenado à prisão perpétua em 2018.
Victoria Cilliers (à direita) sobreviveu após despencar 1.200 metros depois que paraquedas não abriu por sabotagem do marido
Victoria Cilliers (à direita) sobreviveu após despencar 1.200 metros depois que paraquedas não abriu por sabotagem do marido
Foto: Reprodução

Em um salto de paraquedas que deveria ser apenas um momento de lazer, a instrutora do Exército Britânico Victoria Cilliers viveu um verdadeiro pesadelo. Após seus dois paraquedas falharem, ela caiu de uma altura de 1.200 metros e, surpreendentemente, sobreviveu. O que parecia ser um acidente impossível de escapar com vida logo se revelou um ato criminoso: seu equipamento havia sido sabotado, e o principal suspeito era seu próprio marido. 

O caso, ocorrido no domingo de Páscoa de 2015, chocou o Reino Unido ao expor uma tentativa de assassinato meticulosamente planejada por Emile Cilliers, com quem Victoria era casada e tinha dois filhos. Apesar de um relacionamento conturbado e das suspeitas sobre o caráter do marido, ela nunca imaginou que ele poderia atentar contra sua vida.

A história foi amplamente divulgada pela mídia britânica, inclusive os desdobramentos legais do caso. Em 2018, um filme documental foi feito, intitulado The Parachute Murder Plot, e foi televisionado por um canal britânico.

Após o salto, Victoria percebeu que o paraquedas principal não abriu corretamente, e o reserva também falhou ao ser acionado. Do solo, testemunhas viram sua queda descontrolada, e os paramédicos que foram até o local acreditavam que nada poderia ser feito. No entanto, contra todas as probabilidades, ela estava viva. O impacto foi amortecido pelo solo úmido e recém-arado, além do baixo peso corporal da mulher e da posição em que ela caiu.

Ainda assim, Victoria sofreu graves ferimentos, como fratura na pélvis, coluna lesionada em quatro lugares, costelas quebradas e um pulmão colapsado. Durante sua recuperação, especialistas investigaram o equipamento e descobriram que os cordões do paraquedas haviam sido emaranhados de propósito, e o reserva estava com peças faltando. A conclusão foi que alguém tentou matá-la.

Poucas semanas depois, a polícia revelou a Victoria que a sabotagem foi obra de seu marido.

Victoria e Emile
Victoria e Emile
Foto: Reprodução

Sinais foram ignorados

Antes do atentado, Victoria já desconfiava do comportamento de Emile. Ele sumia sem avisar, tinha amantes e filhos escondidos na África do Sul, manipulava suas contas bancárias e fazia com que ela se sentisse culpada durante as discussões do casal. Apesar de tudo, ela tentava manter o casamento por medo de criar os filhos sozinha.

Um episódio marcante aconteceu seis dias antes do salto: ela sentiu um forte cheiro de gás em casa e, ao checar as válvulas, encontrou uma mancha de sangue. Em tom de brincadeira, chegou a perguntar ao marido se ele estava tentando matá-la. Mais tarde, os especialistas comprovaram que o vazamento foi causado intencionalmente por alguém que usou uma chave-inglesa para abrir as válvulas.

Mesmo com essas evidências, Victoria relutava em acreditar que o marido era culpado, ou que estaria planejando algo contra ela.

O julgamento e a condenação

O primeiro julgamento, em 2017, terminou sem um veredito, já que Victoria ainda estava emocionalmente abalada. No entanto, promotores persistiram, reunindo provas mais contundentes para um segundo julgamento em 2018.

Desta vez, foram apresentadas mensagens de Emile com amantes e prostitutas enquanto Victoria estava no hospital, além de registros de suas pesquisas na internet sobre amamentação e gastos excessivos com o dinheiro dela.

Os especialistas o descreveram como um sociopata narcisista, sem empatia ou remorso. O júri, então, o considerou culpado por tentativa de homicídio, e Emile foi condenado à prisão perpétua, com um mínimo de 18 anos, antes de poder solicitar liberdade condicional.

Mesmo após Emile ser condenado e preso, Victoria ainda o visitava na prisão, em busca de um ponto final na história. Ao perceber que ele continuava tentando manipulá-la, a mulher cortou definitivamente os laços com ele e pediu o divórcio.

Hoje, com 48 anos de idade, Victoria conseguiu reconstruir a vida, apesar das cicatrizes do passado. Ela casou novamente com um ex-fuzileiro naval e paramédico que ajudou em seu resgate e testemunhou no julgamento.

Fonte: Redação Terra
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