Mulheres dizem 'Não' ao machismo em protesto no Chile
Ato ocorre após uma série de abusos sexual em Universidades
Diversas jovens estudantes marcharam novamente nesta quinta-feira (17) nas principais cidades do Chile para exigir o fim do patriarcado e a violência sexista dominante nos diferentes espaços públicos e privados do país.
"Contra a violência sexista, educação não sexista", "Vamos gritar mais alto do que nunca porque o patriarcado não nos assusta mais", "Abaixo o patriarcado e o capitalismo juntos", são as frases que podem ser vistas nos cartazes levantados pelas manifestantes. O ato acontece após uma série de casos de abusos sexual contra mulheres e práticas sexistas nas universidades e escolas de todos o país.
Na capital, a mobilização começou na Plaza Italia e percorreu a estrada sul da alameda Bernardo O'Higgins, parando na tradicional Universidade do Chile, cuja Faculdade de Direito foi denunciada por um caso de abuso sexual protagonizado por um dos professores. Desde então, mais de 20 instituições se uniram em protesto. O movimento feminista teve início em abril para reivindicar o atraso no processo contra o ex-presidente do Tribunal Constitucional e professor de direito administrativo, Carlos Carmona. O acadêmico foi denunciado por assédio sexual por uma aluna que fazia parte de sua equipe de assistentes. Na ocasião, o reitor Davor Harasic sancionou o professor com três meses de suspensão.
O polêmico caso gerou repudia entre as chilenas, que, na última semana, reuniram mais de 20 mil pessoas nas ruas do centro de Santiago. Uma das principais exigências é uma lei para punir o assédio sexual na região, além de um aumento das penas qualquer tipo de violência cometida contra a classe feminina. No Chile, em 2018 já foram registrados pelo menos sete feminicídios e 50 tentativas. .