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Mulheres têm apenas três quartos dos direitos econômicos dos homens, diz Banco Mundial

27 fev 2019 - 20h51
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Por Sonia Elks

LONDRES (Thomson Reuters Foundation) - As mulheres têm, em média, apenas três quartos das proteções legais concedidas a homens durante sua vida profissional, com diferenças que incluem proibição de ingresso em alguns empregos, falta de equidade salarial ou liberdade em relação a assédio sexual, disse o Banco Mundial nesta quarta-feira.

Os pesquisadores do Banco Mundial avaliaram se mulheres e homens adultos têm direitos iguais de acordo com a lei em 187 países e produziram um índice que mede o progresso alcançado na última década.

Eles analisaram leis ligadas à liberdade econômica e de trabalho das mulheres, incluindo o direito de trabalhar em todos os empregos que homens e de receber salários iguais, além das punições para casos de assédio sexual no ambiente de trabalho, das proteções de trabalho parental e dos direitos de herança.

"Se mulheres tivessem oportunidades iguais para alcançar seu potencial completo, o mundo seria não apenas mais justo, mas também mais próspero", disse a presidente interina do Grupo Banco Mundial, Kristalina Georgieva, em comunicado.

Leis discriminatórias fazem com que mulheres tenham mais dificuldade para alcançar independência econômica e também contribuem para uma perda de 160 trilhões de dólares em ganhos não obtidos todos os anos, segundo o relatório do Banco Mundial.

O novo estudo também aborda questões como a liberdade de movimento das mulheres e a proteção contra o abuso doméstico, uma vez que essas características também afetam a independência econômica das mulheres.

O relatório encontrou progresso na última década: um total de 131 países pôs em prática reformas de direitos das mulheres.

Seis países --Bélgica, Dinamarca, França, Letônia, Luxemburgo e Suécia-- agora detêm a pontuação perfeita de 100 pontos no índice, comparado a nenhum país 10 anos atrás.

Entretanto, 56 países não melhoraram em nada as leis de igualdade nas áreas analisadas durante os últimos 10 anos.

O índice também chama atenção para amplas disparidades por regiões. A Europa e a Ásia Central aparecem com a maior taxa de igualdade regional, com as mulheres tendo acesso a 85 por cento dos direitos concedidos a homens em média, enquanto no Oriente Médio e no norte da África, as mulheres têm menos da metade dos direitos dos homens.

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